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Human Rights Watch critica prisão de opositor de Maduro

ONG pede liberdade 'imediata e incondicional' para Leopoldo López, alegando que sua detenção é baseada apenas em 'insultos e teorias da conspiração'

Por Da Redação
19 fev 2014, 04h18

A organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch condenou veementemente a prisão do dirigente opositor Leopoldo López e exigiu que o governo de Nicolás Maduro liberte, de maneira “imediata e incondicional”, o adversário do presidente. Acusado de terrorismo, incitação à violência e mais sete crimes contra o governo após os protestos contra Maduro resultarem em mortes, López se entregou nesta terça-feira à Guarda Nacional Bolivariana após liderar uma grande passeata em Caracas.

“A detenção de Leopoldo López é uma violação atroz de um dos mais básicos princípios do devido processo legal: não se pode encarcerar alguém sem ter provas que o vinculem a um crime”, disse nesta quarta-feira José Miguel Vivanco, diretor da Human Rights Watch para as Américas, por meio de nota divulgada pela ONG.

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“As autoridades da Venezuela não apresentaram até agora nenhuma prova séria (para acusar López), apenas insultos e teorias da conspiração. A única causa provável aqui parece ser o fato de que López é um oponente político do presidente mas, infelizmente, em um país sem uma Justiça independente, isso pode ser suficiente”, afirma Vivanco, que acrescentou: “A comunidade internacional deve pedir a imediata e incondicional libertação de López”.

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Líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López teve prisão decretada na semana passada e era procurado desde quinta-feira, depois que Maduro emitiu uma ordem de busca e captura contra ele, que organizou manifestações e por isso foi responsabilizado pelo clima de violência na Venezuela nas últimas semanas. Desde o início dos protestos contra o governo, ao menos quatro pessoas morreram em confrontos de manifestantes com a polícia e milícias chavistas.

Após se entregar às autoridades, o dirigente opositor foi levado para o Centro de Processados Militares de Ramo Verde, em Los Teques, perto de Caracas, onde estão detidos outros críticos do chavismo. Está prevista para esta quarta uma audiência judicial que decidirá se ele continua em prisão preventiva. O governo o acusa de homicídio, tentativa de homicídio, terrorismo, lesão corporal grave, incêndio de prédio público, dano à propriedade, intimidação, instigação de crime e associação para delinquir.

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Saída nas ruas – Ao discursar na passeata desta terça, López pediu que não houvesse confrontos no momento de sua entrega. “Peço, por favor, que tenhamos prudência, sem enfrentamentos”. Defendeu que é preciso construir uma saída “pacífica, dentro da Constituição, mas nas ruas”.

“Já não nos resta na Venezuela meios livres para podermos nos expressar e se os meios calam, devemos ir às ruas”, afirmou López. Ele reiterou que é inocente e disse que estava se apresentando para uma Justiça corrupta. Declarou que se sua detenção fizer a Venezuela “despertar definitivamente, valerá a pena”.

Novos atos – O deputado do Vontade Popular Juan Gaido anunciou que nesta quarta será realizada uma mobilização para acompanhar López em sua apresentação ao tribunal, desde o Palácio da Justiça. “Povo da Venezuela, movimento estudantil, os convidamos a comparecer no dia de amanhã (quarta-feira) no Palácio de Justiça. Liberdade plena para Leopoldo López”, pediu Gaido, que garantiu a manutenção de uma “agenda de rua com base na Constituição, pacífica, sem flertar com a violência”.

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Além disso, o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, integrante da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), anunciou que em breve será convocada uma nova manifestação na capital. As principais queixas dos manifestantes e da oposição são a economia em frangalhos, alta inflação e aumento da criminalidade, além do uso do Estado pelos chavistas com finalidade política.

(Com agência EFE)

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