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Hostilidade, extremismo e violência são traições da religião, diz papa

Em visita histórica ao Iraque, Francisco também se reuniu com o líder espiritual dos xiitas iraquianos, o Grande Aiatolá Ali al-Sistani

Por Da Redação Atualizado em 6 mar 2021, 14h51 - Publicado em 6 mar 2021, 14h41

No segundo dia da viagem histórica que faz ao Iraque, o papa Francisco afirmou, nas ruínas de Ur, acreditado como o local de nascimento do profeta Abraão, que “a maior blasfêmia” é o cultivo do ódio contra outros seres humanos. Tendo como pano de fundo a cidade do profeta que difundiu a crença em um único Deus e cujos ensinamentos serviram de pilar para o Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo, Francisco condenou a violência e terrorismo e disse que episódios desta natureza são “traições da religião”. “Hostilidade, extremismo e violência não nascem de um coração religioso: são traições da religião. Nós, fiéis, não podemos ficar calados quando o terrorismo abusa da religião”, discursou o líder da Igreja Católica Apostólica Romana.

Antes, o pontífice cumpriu o ponto alto da agenda no Iraque, berço da civilização mesopotâmica, ao se reunir, na cidade sagrada de Najaf, com o líder espiritual dos xiitas iraquianos, o Grande Aiatolá Ali al-Sistani. Em uma imagem divulgada pelo Vaticano, Francisco foi retratado caminhando por um estreito beco, em meio a gambiarras de cabos de eletricidade, que levava à casa do clérigo xiita, um ancião de 90 anos tido como defensor dos oprimidos no Iraque. Nem Francisco, que já recebeu as duas doses da vacina anti-Covid produzida pela Pfizer, nem o Grande Aiatolá usavam máscaras durante o encontro.

A viagem do papa Francisco a um país de maioria muçulmana simbolizou a volta do chefe de Estado do Vaticano às agendas políticas depois de passar o primeiro ano de pandemia recluso. Também teve como recado a defesa das minorias e de apoio aos cristãos iraquianos. Um comunicado divulgado pelo gabinete do aiatolá e reproduzido por agências internacionais informa que al-Sistani discutiu com Francisco temas como “injustiça, opressão, pobreza, perseguição religiosa e intelectual” e defendeu que cristãos tenham a oportunidade de “viver como todos os iraquianos em segurança e paz e com plenos direitos constitucionais”. Segundo o Vaticano, o papa agradeceu o chefe religioso “por se manifestar, junto com a comunidade xiita, em defesa dos mais vulneráveis ​​e perseguidos em meio à violência e grandes sofrimentos”.

A agenda do líder da Igreja Católica ao Iraque ainda inclui uma viagem a Arbil, capital do Curdistão, região parcialmente autônoma do governo central iraquiano, e compromissos em Qaraqosh e Mossul, esta, um antigo reduto do Estado Islâmico.

(Com agências internacionais)

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