(Atualiza com dados de feridos, detenções e edifícios incendiados)
Atenas, 12 fev (EFE).- Enquanto o Parlamento grego se prepara para votar as reformas exigidas pela troika, formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu e a União Europeia (UE), os protestos contra as medidas de austeridade se estendem pelas ruas do centro de Atenas.
Manifestantes atearam fogo numa dúzia de edifícios nas avenidas Stadiu e Aeolu, incluídos dois cinemas, além das sedes de bancos e várias cafeterias de grandes marcas. Os bombeiros ainda não conseguiram conter o incêndio.
A imprensa grega divulgou que até o momento há mais de 50 feridos, sendo que 40 são policiais. Um agente de segurança informou à Agência Efe que foram 22 pessoas foram detidas.
A manifestação contra o acordo foi uma das maiores registradas nos últimos meses no país, com mais de cem mil pessoas concentradas em diversos pontos da capital.
Quando o cantor Mikis Theodorakis, que convocou o protesto junto com os sindicatos do país, pediu para a polícia permitir que a população subisse as escadas do Parlamento, os agentes de segurança lançaram bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes concentrados na praça Sintagma.
Segundo testemunhas, os presentes não provocaram a polícia. Um amigo do cantor denunciou a uma rádio local que o ocorrido foi uma ‘tentativa de assassinato’ e que a polícia jogou o gás na direção do artista.
Depois disso, começaram violentos distúrbios. Contra as bombas de efeito moral da polícia, os manifestantes usavam pedras e coquetéis molotov em diversos pontos do centro da capital. EFE