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Hong Kong retira oficialmente lei de extradição que originou protestos

Legislação estava engavetada desde setembro; manifestantes têm outras quatro exigências, entre as quais a eleição livre do governante local

Por Da Redação
Atualizado em 23 out 2019, 12h42 - Publicado em 23 out 2019, 12h24

O Parlamento de Hong Kong retirou oficialmente nesta quarta-feira, 23, o projeto de lei de extradição que originou os protestos em massa que vêm ocorrendo na cidade desde o início de junho. Em paralelo, Chan Tong-kai, um jovem de 20 anos que supostamente matou sua namorada, foi libertado também nesta quarta-feira. Seu crime deu origem ao projeto controverso que, segundo os manifestantes, abriria uma brecha para a extradição de oponentes do regime de Pequim.

“Para ilustrar claramente a posição do governo sobre esta proposta, anuncio sua retirada”, anunciou o ministro da Segurança, John Lee, durante sessão do Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

Embora no dia 4 de setembro a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, tenha anunciado a retirada formal da proposta, os manifestantes seguiram protestando, com o objetivo de garantir que todas as suas exigências fossem atendidas. Os protestos completam sete meses neste final de mês.

A sessão teve de ser suspensa logo depois, quando a bancada pró-democrática gritou palavras de ordem contra Lee e pediu sua renúncia, aumentando o clima de tensão na Câmara.

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A retirada do projeto é uma das cinco exigências dos manifestantes, que também querem uma investigação independente sobre violência policial, anistia para os presos, retirada do termo “revolta” às manifestações do dia 12 de junho e eleições livres para escolher o chefe do Executivo local.

Caso fosse aprovada, a lei de extradição permitiria enviar pessoas para serem julgadas e condenadas na China continental, o que os manifestantes alegam que seria uma forma de Pequim perseguir dissidentes políticos e opositores do governo.

Em fevereiro de 2018, Chan Tong-kai supostamente matou sua namorada em Taiwan, onde o casal passava férias. Chan retornou para Hong Kong antes de ser preso pela polícia de Taipé. Devido à falta de um acordo de extradição entre Hong Kong e Taiwan, o jovem ficou preso por 18 meses na ex-colônia britânica enquanto o parlamento buscava aprovar a proposta de lei, em meio aos protestos contra.

Apesar de Chan desejar retornar a Taiwan e enfrentar o julgamento, Lee declarou que o jovem cumpriu sua pena em Hong Kong e que agora é um “homem livre”.

(Com EFE e AFP)

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