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Hong Kong: jovens pró-independência vencem eleições legislativas

Os candidatos democratas radicais conquistaram assentos importantes na votação que teve recorde de eleitores

Por Da redação
Atualizado em 5 set 2016, 16h49 - Publicado em 5 set 2016, 16h49

Após uma votação com número recorde de eleitores, uma nova geração de políticos de Hong Kong favoráveis a uma ruptura com a China conseguiu importantes assentos no Parlamento local. Pró-democracia, os jovens ativistas tentam mudar a forma como a cidade é governada por Pequim.

De acordo com os primeiros resultados oficiais das eleições parlamentares realizadas nesse domingo, divulgados nesta segunda-feira, quatro candidatos que defendem o rompimento conseguiram entrar para o Conselho Legislativo (LegCo, Parlamento local) e um quinto também pode conquistar uma vaga.

Entre os novos parlamentares está Nathan Law, um dos líderes mais conhecidos do movimento apelidado de “Revolução dos Guarda-Chuvas”, que em 2014 bloqueou durante dois meses bairros inteiros na ex-colônia britânica, exigindo a liberdade de escolher seus mandatários, longe do controle do Partido Comunista Chinês.

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O partido de Law, o Demosisto, defende a organização de um referendo sobre a integração à China. “Acredito que os verdadeiros cidadãos de Hong Kong queriam uma mudança”, disse Law, de 23 anos, que foi o segundo mais votado em sua circunscrição, atrás de um candidato favorável a Pequim. “Os jovens têm um senso de urgência sobre o futuro”, afirmou.

Muitos candidatos abertamente partidários da independência não foram autorizados a disputar as eleições, depois que as autoridades argumentaram que militar pela independência é ilegal. Para participar da eleição alguns deles evitaram mencionar a palavra tabu e passaram a utilizar o termo “autodeterminação”.

Yau Wai-Ching, candidata do novo movimento Youngspiration, que defende o direito de Hong Kong de “falar de soberania”, também foi eleita. Outro candidato do partido, Baggio Leung, de 30 anos, com um discurso repleto de referências à independência, também deve entrar no LegCo.

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Com uma participação de 58%, a mais alta desde 2004, cerca de 2,2 milhões de eleitores votaram nas eleições ao Conselho Legislativo, consideradas as mais importantes desde que a China retomou a soberania sobre Hong Kong, em 1997. Em alguns locais de votação as filas prosseguiram na madrugada desta segunda-feira, várias horas depois do horário previsto para o fechamento das urnas.

Dos 70 assentos em jogo, metade é eleita pelo voto popular direto através de circunscrições geográficas, enquanto outros 30 são selecionados por um grupo que representa diferentes setores profissionais da cidade, que equivale a 6% do eleitorado, e que estão controlados pelo regime chinês. Os cinco restantes são os “super assentos”, que não são atribuídos a nenhuma circunscrição, mas também são escolhidos por meio de votação popular.

(Com Estadão Conteúdo e EFE)

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