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Honduras investiga negligência em incêndio em prisão

Por Orlando Sierra
16 fev 2012, 08h13

O governo de Honduras está investigando denúncias de negligência durante o incêndio em uma penitenciária no qual 350 detentos morreram em suas celas e sem ajuda, na maior tragédia carcerária mundial em uma década.

“Percebemos que aconteceu negligência na abertura dos portões. Devemos fazer uma investigação exaustiva”, disse à AFP o presidente do Comitê para a Defesa dos Direitos Humanos em Honduras, Andrés Pavón.

“A Procuradoria-Geral está a cargo da investigação e estamos cooperando para que tenhamos conclusões preliminares para esclarecer e elucidar responsabilidades neste fato tão lamentável”, declarou o ministro da Segurança, Pompeyo Bonilla.

Corpos carbonizados abraçados às barras, ao que parece de vítimas da demora dos guardas em liberar o acesso aos bombeiros, foi a cena descrita por sobreviventes e legistas que entraram na prisão de Comayagua, cidade que fica 90 km ao norte de Tegucigalpa.

O porta-voz da polícia, Héctor Iván Mejía, rebateu as denúncias e alegou que os carcereiros informaram sobre o incêndio assim que perceberam as chamas.

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Médicos legistas de Honduras, ajudados por especialistas internacionais, prosseguiam com o árduo trabalho de identificar os mais de 350 corpos calcinados.

“Os primeiros 115 corpos em contêineres refrigerados chegaram na noite de quarta ao Necrotério de Tegucigalpa, outros 146 durante a madrugada e o resto chegará no transcurso desta quinta para que os peritos realizem a identificação”, indicou Bonilla.

“Este é um longo processo, mas temos a cooperação de especialistas chegados de países amigos como Chile, Estados Unidos, Guatemala, El Salvador e outros países”, acrescentou.

A tarefa dos especialistas é muito difícil, já que muitos corpos estão carbonizados.

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Desconsolados, os familiares das vítimas foram levados de ônibus de Comayagua a Tegucipalpa, e hospedados em locais disponibilizados pelo governo para a dolorosa espera pela identificação e entrega dos corpos.

Segundo Bonilla, o número de mortos poderá superar os 350, já que dos 852 presos – o dobro da capacidade do presídio -, 496 foram reportados vivos, entre os feridos e ilesos levados para um local não revelado, para prevenir doenças.

Além disso, Bonilla afirmou que as autoridades estão verificando se haveria fugitivos entre os sobreviventes.

O incidente começou às 22h50 locais de terça-feira (02h50 de Brasília na quarta-feira) por causas ainda desconhecidas, e foi controlado pelos bombeiros cerca de três horas depois.

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Em uma mensagem ao país em rede de rádio e TV, o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, anunciou nesta quarta-feira o afastamento temporário das autoridades penitenciárias para garantir uma investigação eficaz das causas do incêndio.

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