Hollande é vaiado e polícia detém 73 durante cerimônia do Dia do Armistício na França
Polícia e governo afirmam que manifestantes de extrema-direita não haviam recebido autorização para protesto
O presidente francês, François Hollande, foi vaiado nesta segunda-feira na avenida Champs-Élysées, em Paris, durante a cerimônia de comemoração da assinatura do armistício que marcou o fim da Primeira Guerra Mundial.
Durante o evento, a polícia prendeu 73 manifestantes ligados à extrema-direita ou ao movimento “boinas vermelhas”, que reúne habitantes da região da Bretanha que são contra a carga de impostos do país.
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Logo após as primeiras vaias, confrontos eclodiram entre a polícia e os manifestantes, conforme a comitiva do presidente socialista passava pela avenida Champs-Élysées em direção ao túmulo do soldado desconhecido, sob o Arco do Triunfo.
Alguns dos manifestantes gritavam “Hollande, renuncie” e “ditador socialista”. Segundo o ministro do Interior, Manuel Valls, havia membros de grupos de extrema-direita que se opõem às políticas do governo, como a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“Hoje, na Champs-Élysées, várias dezenas de indivíduos ligados à extrema-direita não quiseram respeitar este momento de contemplação e encontro”, disse Valls, que descreveu as ações como “inaceitáveis”. As 73 pessoas foram presas porque a manifestação não foi autorizada, segundo uma fonte do palácio presidencial.
Popularidade – Duas pesquisas mostraram novos recorde de impopularidade do presidente Hollande. Segundo o instituto Ipsos, a popularidade de Hollande atinge agora apenas 21%. No final de outubro, uma pesquisa já havia indicado que sua aprovação era de apenas 27% – nível mais baixo para um presidente desde a fundação da Quinta República Francesa, há 55 anos.
(Com agências Reuters e France-Presse)