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Hollande dá ultimato a May: livre mercado exige livre circulação

O presidente francês afirmou que os britânicos só poderão participar do livre mercado se cumprirem com as "quatro liberdades da União Europeia"

Por Da redação
22 jul 2016, 10h14

A nova premiê do Reino Unido, Theresa May, foi alertada pelo presidente francês, François Hollande, sobre como funcionarão os acordos internacionais após a saída britânica da União Europeia. Em uma conferência conjunta depois de sua primeira reunião no Palácio Élysée, na quinta-feira, o francês deixou claro que o Reino Unido não pode esperar participar do livre mercado, se desejar impor controles de imigração para os cidadãos europeus.

“É o ponto mais crucial. É isso que vai ser o foco da negociação”, comentou Hollande, ao lado de May. Segundo o presidente, o Reino Unido só poderá desfrutar dos benefícios do mercado comum europeu, se concordar com as quatro liberdades definidas pelo grupo: livre circulação de bens, de serviços, de capital e de pessoas. “Nenhuma pode ser separada da outra. É uma escolha que o Reino Unido terá que enfrentar”, declarou.

As afirmações de Hollande sugerem que será difícil satisfazer os desejos do secretário de Estado britânico, Boris Johnson, e de grande parte dos líderes defensores do Brexit. Durante a campanha pela saída, Johnson expressou a intenção de que o Reino Unido tivesse acesso ao mercado comum, ao mesmo tempo que pudesse impor limites na imigração.

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Apesar de alguns comentários rígidos, mas esperados, sobre a saída da UE, o presidente francês ofereceu apoio a May na decisão de esperar até o próximo ano para ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa. A formalidade é o que dá início as negociações para deixar o bloco, as quais têm um prazo de dois anos para serem concluídas. “Entendo que um governo que acabou de ser formado precisa de tempo”, afirmou.

Hollande, que havia criticado anteriormente o atraso dos britânicos em ativar o tratado, pareceu mais compreensivo após o encontro com a primeira-ministra. Ainda assim, comentou que quanto antes for realizado o processo, melhor para “os interesses comuns da Europa”. “Incerteza é um grande perigo. Pode haver riscos para a estabilidade europeia e, assim, para os empregos”, disse.

May já teve um encontro semelhante com a chanceler alemã, Angela Merkel, e deve visitar outros líderes europeus nos próximos meses. A premiê britânica, que assumiu o cargo em 13 de julho, está proibida por Bruxelas de realizar conversas formais ou informais sobre a saída até que o artigo 50 seja ativado, ma está liberada para encontros de “confraternização” com os chefes estrangeiros.

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