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Hillary comanda rede de pedofilia em pizzaria? Tudo mentira

Boato bizarro defendia que o local era sede de uma rede de prostituição infantil, controlada pela ex-secretária de Estado

Por Da redação
Atualizado em 7 dez 2016, 10h01 - Publicado em 22 nov 2016, 10h54

As ‘teorias da conspiração’ na internet, com personagens importantes da eleição nos Estados Unidos, fizeram mais uma vítima: uma pizzaria na cidade Washington e seus funcionários desavisados. Em um boato espalhado nas redes sociais, internautas insistiram que o local era sede de uma rede de prostituição infantil, comandada pela ex-candidata à Presidência Hillary Clinton, além de outras figuras do Partido Democrata.

A teoria bizarra surgiu após o vazamento de e-mails do chefe de campanha de Hillary, John Podesta, pelo site Wikileaks. Em uma das mensagens, o democrata combinava um evento para arrecadar fundos de campanha em parceria com James Alefantis, proprietário da pizzaria Comet Ping Pong. Os dois se conheciam por causa de Tony Podesta, irmão do político, que era cliente da pizzaria.

A amizade casual com pessoas da cena política, além do antigo relacionamento com um jornalista defensor de Clinton, foram suficientes para transformar Alefantis e seu restaurante nos parceiros de uma falsa rede criminosa. Com o nome de “#pizzagate”, o boato iniciou em fóruns e sites conservadores e se espalhou rapidamente para o Reddit, onde foi lido por 20.000 usuários.

Alefantis só descobriu a história quando, de repente, ganhou centenas de seguidores no Instagram da pizzaria. Logo começou a ler ameaças de morte, links para sites de notícias falsas e até vídeos com “provas” do crime. “Eu não tenho feito nada por dias além de tentar limpar isso e proteger meus funcionários e amigos de serem aterrorizados”, disse Alefantis ao jornal The New York Times.

De acordo com o empresário, o problema tomou outra proporção quando funcionários da Comet começaram a ser perseguidos em seus perfis pessoais no Facebook e viram fotos de seus filhos usadas como evidências da prostituição infantil. Nas últimas duas semanas, a pizzaria recebeu dezenas de ligações com promessas de ataques, pelo menos cinquenta mensagens diretas no Instagram e chegou a ser visitada por uma pessoa que queria “verificar” o caso.

Para conter o boato, Alefantis e seus funcionários procuraram o FBI, a polícia local e as empresas responsáveis pelas redes sociais, em uma tentativa de que as páginas falsas saíssem do ar. “É como tentar matar um enxame com uma arma”, disse ao Times Bryce Reh, gerente da Comet. Sua esposa pediu que deixasse o emprego, após ambos receberem ameaças em seus perfis pessoais.

A polícia do Distrito de Columbia afirmou que está “monitorando a situação” e está ciente das ameaças ao estabelecimento, enquanto o FBI não negou ou confirmou qualquer investigação. As redes sociais, porém, não agiram para evitar a teoria. Twitter e Facebook se recusaram a comentar o caso e o YouTube afirmou que “proíbe ameaças”, porém, não bloqueou comentários em vídeos sobre o #pizzagate.

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