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Haverá ataques terroristas no Reino Unido, diz chefe do MI5

Andrew Parker, diretor do serviço secreto britânico, é o primeiro ocupante do cargo em exercício a conceder uma entrevista à imprensa

Por Da redação
1 nov 2016, 10h51

Nos últimos três anos, o serviço secreto do Reino Unido registrou doze tentativas frustradas de ataques terroristas ao país. A ameaça, porém, é iminente e difícil de ser controlada, alerta o diretor do MI5, Andrew Parker, em rara entrevista ao jornal The Guardian. Em 107 anos do serviço secreto britânico, é a primeira vez que seu chefe em exercício fala a uma publicação.

O MI5 já contou com 17 diretores gerais e, até 1993, suas identidades eram mantidas em segredo de Estado. Mesmo após o nome dos ocupantes ser revelado, o alto cargo de Parker exige discrição e cuidado máximo para se manter afastado do olhar inimigo, por isso, não é um hábito falar com a imprensa. “Estou tentando criar maior entendimento – é importante que tenhamos consentimento do público para o que fazemos”, explica Parker.

Aos 54 anos de idade e em seu terceiro ano no posto, o chefe do MI5 revelou ao Guardian as três ameaças internacionais que são foco de seu trabalho. A primeira é o terrorismo islâmico, “baseado em uma ideologia distorcida”, que atualmente se manifesta através do grupo extremista Estado Islâmico (EI). “É algo que precisamos entender: isso [o terrorismo] está aqui para ficar”, diz Parker. “É uma ameaça duradora e, no mínimo, um desafio geracional que precisamos lidar”, afirma.

De acordo com o chefe do MI5, os ataques terroristas no Reino Unido estão mais frequentes do que viu em toda sua carreira de 33 anos no serviço secreto. “Por causa do investimento em serviços como o meu, o Reino Unido tem boas defesas. Minha expectativa é que vamos encontrar e impedir a maior parte das tentativas de terrorismo”, defende. Controlar a maioria, porém, não significa que todos serão evitados. “Vai haver ataques neste país. O nível de ameaça é severo e isso significa que [ataques] são prováveis”, revela.

A segunda ameaça mencionada por Parker é o terrorismo na Irlanda do Norte, causado pelo que chama de “dissidentes republicanos de todos os tipos”. Já a terceira diz respeito a governos internacionais, especialmente o russo. Segundo ele, o país do presidente Vladimir Putin utiliza meios militares, espionagem e ciberataques para atingir objetivos políticos. “Nós vimos isso em lugares como a Ucrânia e nas brutalidades terríveis na Síria”, afirma. “É um trabalho do MI5 ficar no caminho”.

Parker falou ainda sobre a necessidade de maior diversidade no serviço secreto, para que o MI5 seja um reflexo do país para o qual trabalha. Cem mil agentes serão contratados nos próximos cinco anos e seu objetivo é que metade sejam mulheres. “Precisamos fazer a vigilância de terroristas. Precisamos nos aproximar, cultivar e recrutar pessoas para trabalharem para a gente. Isso não funciona se todo mundo for parecido comigo”, comenta.

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