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Haiti: Procurador pede que premiê seja investigado por morte de presidente

Procurador-geral cita registros telefônicos mostram que Ariel Henry se comunicou duas vezes com um dos principais suspeitos do assassinato de Jovenel Moïse

Por Da Redação Atualizado em 14 set 2021, 16h42 - Publicado em 14 set 2021, 16h41

O procurador-geral do Haiti pediu nesta terça-feira ao Tribunal de Primeira Instância de Porto Príncipe que o primeiro-ministro do país, Ariel Henry, seja investigado como principal suspeito do assassinato do presidente Jovenel Moïse, há dois meses.

Em documento ao juiz Garry Orélien, responsável pelo caso, o promotor Bed-Ford Claude afirma que registros telefônicos mostram que Henry se comunicou duas vezes com um dos principais suspeitos do assassinato na noite do crime. O suspeito em questão é um ex-funcionário do Ministério da Justiça que está foragido e foi publicamente defendido por Henry.

Atualmente, Orélien é a única autoridade competente para convocar testemunhas ou acusados a depor, ou decidir quem é suspeito do assassinato.

Em outra carta enviada à Direção de Imigração e Emigração, o procurador solicitou que Henry seja proibido de sair do país “por grave suspeita do assassinato” do presidente em 7 de julho.

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Na semana passada, o mesmo procurador enviou um “convite” a Henry para comparecer nesta terça-feira para ser interrogado sobre as chamadas telefônicas, convocatória que foi publicamente desqualificada pelo primeiro-ministro.

“Nenhuma distração, nenhuma convocatória ou convite, nenhuma manobra, nenhuma ameaça, nenhuma ação de retaguarda, nenhuma agressão me distrairá da minha missão”, disse Henry no sábado, durante a cerimônia de assinatura de um acordo político com a oposição.

Até o momento, não há conclusão sobre quem foi o mandante do assassinato, nem o motivo que levou ao crime. De acordo com o governo, o presidente foi executado por uma equipe composta por um grupo de mercenários, incluindo militares colombianos aposentados. As autoridades haitianas disseram que 44 pessoas estão detidas por causa do assassinato, incluindo 18 colombianos acusados de fazerem parte do comando que matou Moïse, assim como 12 agentes da polícia que faziam parte do esquema de segurança do presidente, que não reagiram ao ataque.

O juiz de paz encarregado do laudo pericial afirmou que Moïse recebeu 12 impactos de bala, de grande calibre e também de 9 milímetros, durante o atentado que o matou,

“Nós o encontramos deitado de costas, calça azul, camisa branca manchada de sangue, boca aberta, olho esquerdo perfurado. Vimos um buraco de bala na testa, um em cada mamilo, três no quadril, um no abdômen,” detalhou o juiz Carl Henry Destin. 

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Além da profunda crise política resultante da morte do presidente, o país sofreu recentemente com um novo e brutal terremoto em meados de agosto, que deixou cerca de 2.000 mortos e milhares de desabrigados.

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