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Guatemala nega asilo, e McAfee vai parar no hospital

Criador do famoso antivírus desmaiou após ter seu pedido de abrigo negado. Ele deve ser extraditado para Belize, onde é procurado para interrogatório

Por Da Redação
7 dez 2012, 01h19

O milionário americano John McAfee, preso na Guatemala há dois dias por entrar no país ilegalmente, teve seu pedido de asilo político negado pelo governo guatemalteco nesta quinta-feira. Horas depois do comunicado do presidente Otto Pérez Molina, ele sofreu um colapso nervoso e desmaiou em um centro para imigrantes ilegais, para onde foi levado pela polícia após ser detido em um hotel.

McAffe, de 67 anos, foi então transportado a um hospital para ser submetido a exames. “(Ele) não pode se movimentar, diz que o peito e o coração doem, mas está consciente”, relatou Carla Paz, uma das advogadas do americano. Outro defensor de Mcafee, Telésforo Guerra, explicou à imprensa que seu cliente sofre de problemas cardíacos e, por isso, precisa de assistência médica.

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Após examiná-lo, o médico do hospital da Polícia Nacional Civil (PNC), na cidade da Guatemala, afirmou que o multimilionário está com hipertensão arterial e apesenta sinais de ansiedade. Mas os testes revelaram que McAfee não possui problemas no coração. Recuperado do colapso, ele foi levado de volta ao centro de imigrantes ilegais, onde aguarda a provável aprovação da sua extradição ao vizinho Belize, onde a polícia quer interrogá-lo sobre um homicídio.

Asilo – Envolvido em um caso com elementos de perseguição, morte e intriga internacional, McAfee chegou à Guatemala após fugir de Belize, onde se radicou em 2008. Há duas semanas, ele é procurado pelas autoridades para ser ouvido sobre o homicídio de seu vizinho, o americano Gregory Faull, de 52 anos, ocorrido há um mês. Alegando estar sendo perseguido pelo governo, o milionário solicitou asilo na Guatemala, pedido negado nesta quinta.

“Nossa decisão é não autorizar o asilo que (McAfee) está pedindo”, declarou o presidente Otto Pérez Molina à imprensa no Palácio Nacional da Cultura, sem explicar os motivos. O chanceler guatemalteco, Harold Caballeros, assegurou que nas próximas horas McAfee será entregue às autoridades de Belize. Caballeros argumentou que a expulsão do americano se deve ao fato de ele estar “de forma ilegal na Guatemala”.

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“Como cidadão americano ele poderia ter entrado por uma fronteira sem necessidade de visto, mas fez isso ilegalmente e a Migração tem o direito de expulsá-lo”, sustentou. O chanceler explicou ainda que o governo de Belize enviou à chancelaria da Guatemala uma nota na qual requer McAfee para interrogá-lo sobre o assassinato de Gregory Faull.

Desaparecimento – O caso ganhou repercussão internacional há duas semanas, após o excêntrico milionário desaparecer quando era procurado pela polícia de Belize para interrogatório. Por meio de um blog, ele deu pistas falsas sobre seu paradeiro e acusou o governo de persegui-lo. “É um governo muito corrupto que enviou seus soldados para me perseguir porque decidi deixar de apoiá-lo com dinheiro”, escreveu.

McAffe alega inocência: “Não tenho nada a ver com a morte dele (o vizinho Gregory Faull)”, afirmou na internet em mensagem para a família de Faull. “Perdi cinco parentes próximos nos meus 67 anos e sei que vocês estão sofrendo”. disse McAffe, que fundou a empresa de antivírus em 1987 e vendeu sua parte na companhia em 1994.

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(Com agêcia EFE)

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