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Guaidó pede à OEA apoio para organizar eleições na Venezuela

Plano envolve destituição dos atuais membros do Conselho Nacional Eleitoral, de orientação chavista, e escolha popular de seus substitutos

Por Da Redação
Atualizado em 11 fev 2019, 21h20 - Publicado em 11 fev 2019, 21h07

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, pedirá esta semana apoio à Organização dos Estados Americanos (OEA) para organizar novas eleições no país, disse nesta segunda-feira, 11 o representante do líder opositor diante da entidade regional, Gustavo Tarre. Guaidó é reconhecido por meia centena de países e promete, como líder do governo de transição, convocar eleições livres e transparentes.

A carta com seu pedido de apoio foi dirigida ao secretário-geral da OEA, Luis Almagro, um dos primeiros a considerar Guaidó como legítimo sucessor de Nicolás Maduro. Em 24 de janeiro, porém, apenas 16 dos 34 membros ativos do bloco assinaram uma declaração apoiando o opositor.

“A observação da OEA é uma garantia. Tem um peso muito grande pelo prestígio moral da organização. Tem, além disso, a capacidade técnica para nos ajudar a montar um processo transparente”, declarou Tarre a jornalistas, após se reunir em Washington com Francisco Guerrero, que dirige a secretaria para fortalecimento da democracia na OEA.

Em sua qualidade de chefe da Assembleia Nacional (Parlamento), eleita em 2015, Guaidó se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, após considerar que o novo mandato de Maduro, iniciado em 10 de janeiro, o resultado de eleições fraudulentas e, portanto, “ilegítimo”.

Tarre disse que a realização de novas eleições requer a “absoluta” garantia de imparcialidade, o que o requererá tempo. “Queremos que tudo marche o mais rápido possível, mas em um mês é impossível. Agora não temos nenhum mecanismo eleitoral que funcione porque tudo esteve absolutamente disponível para a fraude. Na Venezuela, os eleitores votam mas não elegem, e vamos mudar isso”, afirmou.

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Para tanto, os membros do novo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) devem surgir de candidaturas da sociedade civil e ser nomeados pelo Parlamento, com todas as garantias constitucionais. Nos últimos anos, o CNE tem agido como o braço eleitoral do governo de Maduro.

“Tibisay (Lucena, a atual presidente do CNE) pode organizar eleições livres? Não. Vamos substituir Tibisay por uma pessoa que nomeie Guaidó? Não, porque corremos o mesmo risco. Então há um processo para garantir a imparcialidade, e essas coisas levam tempo para serem bem feitas e para que não se repitam as coisas que vivemos até agora”, disse.

Em 10 de janeiro, o Conselho Permanente da OEA decidiu “não reconhecer a legitimidade do período do regime” de Maduro a partir dessa data. Em sua resolução, chamou à “realização de novas eleições presidenciais com todas as garantias necessárias para um processo livre, justo, transparente e legítimo, em uma data próxima com presença de observadores internacionais”.

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