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Guaidó diz que ajuda humanitária entrará em 23 de fevereiro na Venezuela

Presidente interino lidera manifestação em Caracas e pede às Forças Armadas que liberem entrada de doações pelas fronteiras com o Brasil e a Colômbia

Por Da Redação
Atualizado em 12 fev 2019, 19h07 - Publicado em 12 fev 2019, 18h50

Durante uma grande manifestação no centro de Caracas nesta terça-feira, 12, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, marcou 23 de janeiro como a data de entrada de ajuda humanitária estrangeira no país. Segundo o líder da oposição, as doações chegarão por dois pontos: a cidade de Cúcuta, na Colômbia, e Roraima, no Brasil.

Guaidó explicou que mais de 250.000 pessoas já se voluntariaram para participar da coleta e distribuição das doações nas duas cidades e pediu que mais cidadãos se mobilizem para enfrentar o bloqueio imposto pelo governo de Nicolás Maduro.

Protestos foram convocados pela oposição para hoje em todo o país para manter a pressão sobre o governo chavista e exigir que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) permita a entrada de ajuda humanitária no país.

“Aqui, uma ordem direta para as Forças Armadas: permitam a entrada de ajuda humanitária”, afirmou Guaidó, em seu pronunciamento para a multidão reunida no bairro Chacao, em Caracas. “De uma vez por todas, parem com a repressão”.

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“O usurpador pensou que íamos nos cansar, mas aqui continuamos”, disse sobre o presidente chavista Nicolás Maduro. “Toda vez que um país nos reconhece, que nomeamos um embaixador e que continuo exercendo minhas funções, a liberdade está mais próxima”.

Guaidó é presidente da Assembleia Nacional e se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, argumentando que o pleito que reelegeu Maduro no ano passado foi uma fraude.

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O ato principal em Caracas começou no bairro de Chacao, com um show musical. Em uma enorme tela, instalada sobre em um palco, foram transmitidas mensagens de apoiadores de Guaidó e de líderes da oposição.

Muitos líderes estudantis também se manifestaram a favor de Guaidó. “Hoje o movimento estudantil se compromete em seguir lutando e informando e seguir nas ruas. Este movimento se compromete com os deputados e com a Assembleia Nacional”, afirmou Rafaela Requesens, presidente da Federação de Centros Universitários.

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O presidente da Assembleia Nacional também afirmou nesta terça-feira que o centro de armazenagem de ajuda humanitária para a Venezuela instalado em Roraima já está funcionando.

“E um terceiro e quarto centros de coleta ainda virão. Neste fim de semana, quem se registrou como voluntário receberá informações sobre a organização”, afirmou. Um primeiro posto já foi instalado em Cúcuta, na Colômbia.

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Nesta segunda-feira 11, o coordenador da ajuda humanitária para a Venezuela designado por Guaidó, Lester Toledo, havia informado que as primeiras toneladas de ajuda do Brasil e de outros países deveriam começar a chegar a Roraima somente na próxima semana.

Além do Brasil e da Colômbia, Estados Unidos, Canadá e outros países vêm se organizando para enviar doações de alimentos, remédios e outros produtos básicos para os venezuelanos.

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A mobilização da oposição para a entrada de ajuda humanitária no país é um grande desafio ao governo de Nicolás Maduro, que se recusa a aceitar qualquer doação internacional.

Guaidó conduz uma forte campanha contra o bloqueio e pede que as Forças Armadas venezuelanas se aliem à sua liderança e permitam a entrada dos veículos com as doações.

Os primeiros caminhões de ajuda humanitária americana chegaram na quinta-feira 7 à fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, mas ainda aguardam autorização para entrar no país.

Manifestações pró-Maduro

Milícias venezuelanas participam de marcha em apoio ao presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas – 12/02/2019 (Yuri Cortez/AFP)

Ao mesmo tempo, em Caracas, apoiadores de Nicolás Maduro se reuniram na Plaza Bolívar contra a “intervenção imperialista” que, para o governo, começa com o ingresso da ajuda humanitária. Também recolheram assinaturas em oposição a Donald Trump e ao governo dos Estados Unidos.

A manifestação foi convocada pelos representantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de Maduro. O chavista deve discursar para a multidão no final do dia.

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