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Guaidó acusa Maduro de tentar roubar US$ 1,2 bi de banco de fomento

Presidente interino da Venezuela designará seus embaixadores para 19 dos 27 países da União Europeia que lhe deram apoio

Por Da Redação
Atualizado em 4 fev 2019, 22h44 - Publicado em 4 fev 2019, 21h15

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, acusou o ditador Nicolás Maduro de tentar transferir indevidamente 1,2 bilhão de dólares do banco de fomento venezuelano para o Uruguai. Em entrevista à imprensa, o líder opositor denunciou também um suposto plano da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) de roubar a ajuda humanitária internacional a caminho de seu país.

Em sua ferrenha oposição a Maduro, Guaidó pediu ao governo uruguaio que não seja cúmplice do “roubo” de 1,2 bilhão de dólares. Rumores sobre a transferência de recursos e barras de ouro do Banco Central da Venezuela e outras instituições correm pelas redes sociais desde a semana passada, sem confirmação de veracidade. O presidente interino, porém, deu um passo adiante em sua acusação.

“Eles estão tentando mover do Bandes para o Uruguai um dinheiro que está em uma das contas. Pedimos ao Uruguai que não seja cúmplice deste roubo (…) podemos estar falando de um valor entre 1 bilhão e 1,2 bilhão de dólares”, afirmou Guaidó, referindo-se ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social da Venezuela, que possui filial no Uruguai.

Guaidó prometeu designar nesta terça-feira, 5, representantes diplomáticos para os dezenove dos 27 países da União Europeia que o apoiaram  para Espanha, Portugal, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Holanda, França, Hungria, Áustria, Finlândia, Bélgica, Luxemburgo, República Checa, Letônia, Lituânia, Estônia, Polônia, Suécia e Croácia.

“Amanhã (terça-feira) haverá uma segunda rodada de designações”, disse Guaidó.

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Diante da impossibilidade de consenso na União Europeia sobre o reconhecimento da legitimidade de Guaidó como presidente interino, os governos desses dezenove países tomaram posições individuais nesta segunda-feira. Todos, em especial a Espanha, enfatizam a necessidade de o governo de transição democrática convocar eleições livres o mais breve possível.

“Não queremos pôr nem tirar governos na Venezuela, queremos democracia e eleições livres e transparentes, com as garantias necessárias para que um governo represente o povo venezuelano”, afirmou no domingo 3 o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

No dia 29 de janeiro, Guaidó apresentara à Assembleia Nacional, que ainda preside, documentos solicitando a designação de diplomatas para dez países  Argentina, Estados Unidos, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Honduras, Panamá, Peru e para o Grupo de Lima. O Brasil não figura na lista.

Ajuda desviada

Apesar de seu empenho em atrair o apoio da FANB a seu governo de transição, Guaidó acusou sua cúpula de planejar o “roubo” da ajuda internacional pedida por ele a vários países para que a distribuição de alimentos e remédios não fique a cargo do governo de Maduro.

“Recebemos a informação do círculo próximo do alto comando (militar) que a FANB  já não está mais avaliando se deixa ou não (a ajuda humanitária) entrar, mas como fazer para roubá-la”, disse Guaidó à imprensa. “Vão sequestrá-la para distribuí-la por meio dos Clap”, disse o opositor, referindo-se ao programa do governo de venda de alimentos subsidiados em zonas populares.

O presidente interino confirmou que a ajuda humanitária está armazenada na Colômbia, no Brasil e no Caribe. Os Estados Unidos confirmaram no último fim de semana que participam dessa iniciativa. Em uma “primeira etapa”, os itens doados serão enviados à “população mais vulnerável”, estimada entre 250.000 e 300.000 venezuelanos com “risco de morte” por desnutrição e falta de medicamentos.

(Com EFE e Estadão Conteúdo)

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