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Greves de ferroviários da França já custaram 100 milhões de euros

Sindicatos protestam contra reformas trabalhistas na estatal SNCF; um em cada cinco trens de alta velocidade ficaram parados no país hoje

Por Da redação
Atualizado em 9 abr 2018, 18h44 - Publicado em 9 abr 2018, 17h33

As ferrovias da França perderam cerca de 100 milhões de euros (420 milhões de reais) desde que uma série de greves teve início no dia 3 de abril, disse o presidente da estatal ferroviária SNCF nesta segunda-feira, quando uma terceira onda de paralisações interrompeu serviços.

Os sindicatos trabalhistas não dão sinal de que vacilarão em seu teste da determinação do presidente francês.

Emmanuel Macron quer transformar a estatal SNCF, autoridade ferroviária do país altamente endividada, em um serviço público lucrativo, capaz de suportar a concorrência estrangeira quando seu monopólio terminar em 2020, em consonância com as leis da União Europeia. Atualmente, a empresa perde cerca de 3,7 milhões de dólares por ano.

Os sindicatos rejeitam os planos para acabar com os privilégios especiais dos ferroviários, como empregos vitalícios e aposentadorias antecipadas, e se queixam de que o governo está abrindo caminho para a privatização da SNCF.

Guillaume Pepy, o chefe da SNCF, criticou as paralisações, que reduziram para um em cinco o número de trens de alta velocidade (chamados de TGV no país) nesta segunda-feira.

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O serviço diminuiu para um terço do normal na região de Paris, onde 2 milhões de usuários dos transportes intermunicipais dependem dos trens todos os dias. Três de cada quatro trens internacionais estavam em operação.

“O direito à greve existe”, disse Pepy à BFM TV. “Mas também o direito ao transporte.” Ele defendeu a reformulação que o governo Macron afirma ser crucial para a sobrevivência da SNCF depois que a rede doméstica estiver sujeita à concorrência, tal como determinado por um acordo que abrange toda a União Europeia.

Todos os sindicatos apoiam a greve, que deve durar até o final de junho, com paralisações em dois de cada cinco dias. Também houve uma interrupção em 22 de março, quando os ferroviários se uniram a uma greve de servidores civis.

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Embora as centrais sindicais estejam por trás da ação, há diferenças profundas entre a CGT de raízes comunistas — com objeções por princípio ideológico às reformas do governo —, e a moderada CFDT — que se opõe à maneira como Paris as está levando adiante.

O diretor da CGT, Philippe Martinez, disse que tecnicamente nada obriga Macron a acabar com o monopólio na SNCF.

Já o chefe da CFDT, Laurent Berger, cujas discórdias com a CGT são vistas como a maior esperança de Macron sair vitorioso da disputa, exigiu que o governo faça mais para implantar um novo acordo coletivo para todo o setor ferroviário.

(Com Reuters)

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