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Grã-Bretanha: suspender voo Chile-Malvinas é injustificável

Argentina propôs suspender acordo firmado em 1999 para garantir voo semanal

Por Da Redação
2 mar 2012, 12h19

O governo britânico afirmou nesta sexta-feira que seria injustificável se a Argentina suspendesse o acordo sobre os voos entre o Chile e as Ilhas Malvinas. Em virtude de um acordo assinado entre a Argentina e a Grã-Bretanha em 1999, a companhia aérea chilena Lan faz semanalmente a rota entre Chile e Ilhas Malvinas, já que está autorizada a cruzar o espaço aéreo argentino.

Entenda o caso

  1. • As Ilhas Malvinas – Falkland, em inglês – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1883.
  2. • O arquipélago sempre foi motivo de tensão entre os dois países, até que em 1982 o ditador argentino Leopoldo Galtieri comandou uma invasão ao território.
  3. • O governo britânico reagiu rapidamente, enviando às ilhas uma tropa quase três vezes maior do que à da Argentina, que se rendeu dois meses depois.
  4. • Na guerra morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.

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Na última quinta-feira, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, propôs uma renegociação deste projeto no Congresso e também confirmou a implementação de novos voos comerciais entre o arquipélago e Buenos Aires, que serão operados pela companhia Aerolíneas Argentinas três vezes por semana. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico disse nesta sexta-feira que ainda “não está claro” o que a Argentina está propondo, já que o governo de Buenos Aires ainda não comunicou as autoridades britânicas.

No entanto, a fonte especificou que Londres espera que “Argentina respeite seus compromissos em virtude do acordo assinado em 1999”. “O voo semanal vindo do Chile é uma rota bem estabelecida e é muito utilizada pelos moradores das Ilhas Falkland (nome inglês) e inclusive pela comunidade chilena”, disse o porta-voz. “Seria profundamente decepcionante e totalmente injustificável se a Argentina fizesse pressão para suspender esse voo”, acrescentou. “Se a Argentina tem interesse em impulsionar os voos aéreos entre o continente e as ilhas, deveria reconsiderar sua proibição sobre (a passagem) dos voos charter por seu espaço aéreo. Certamente, teremos uma discussão a respeito”, especificou.

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Cristina – A presidente argentina disse que seu governo tinha pensado na possibilidade de proibir os voos às Malvinas depois do governo britânico ter se recusado a negociar a soberania das ilhas, mas explicou que mudou essa posição “para demonstrar que a Argentina não quer prejudicar nenhuma comunidade”. As relações anglo-argentinas atravessam um momento de forte tensão pela disputa da soberania das ilhas.

Na última quarta-feira, o Reino Unido convocou o principal responsável diplomático argentino em Londres, Osvaldo Mársico, para que explicasse a decisão de seu país em viabilizar um possível boicote contra produtos britânicos. A tensão se agravou no último ano, quando os países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil) concordaram em impedir a entrada de navios com bandeira das ilhas do Atlântico Sul em seus portos.

A presença do príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, no arquipélago e o envio de um avião de guerra também incomodaram as autoridades argentinas. A guerra entre os dois países pela soberania das Ilhas Malvinas, que resultou em mais de 900 mortes, completará seu 30º aniversário ainda neste ano.

(Com agência EFE)

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