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Grã-Bretanha envia caças para base a 160 quilômetros de Damasco

Aviões de transporte militar também foram vistos na base localizada no Chipre. Moradores da região dizem que atividade no local cresceu nas últimas 48 horas

Por Da Redação
26 ago 2013, 18h45

Caças e aviões de transporte militar britânicos aterrissaram nesta segunda-feira na base aérea de Akrotiri, localizada no Chipre, a menos de 160 quilômetros da capital síria Damasco. De acordo com o jornal The Guardian, dois pilotos comerciais que costumam voar para Larnaca, capital cipriota, avistaram de suas cabines as aeronaves C-130, usadas para transportar soldados. Além disso, os pilotos flagraram pequenas fileiras de caças que teriam partido da Europa nos radares de seus painéis de controle.

Moradores da área em que a base militar está localizada disseram que a atividade no local cresceu consideravelmente nas últimas 48 horas. O local é utilizado como uma base área do Exército britânico desde 1960 e terá papel estratégico em caso de conflito armado contra o regime do ditador Bashar Assad. Segundo o The Guardian, o deslocamento dos aviões para o Chipre pode ter recebido o aval do governo britânico após o premiê David Cameron, o presidente americano Barack Obama e outros líderes europeus mudarem a retórica sobre a participação das forças de Assad no massacre com armas químicas que custou mais de mil vidas na periferia de Damasco, na semana passada.

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O secretário de Estado americano, John Kerry, fez um pronunciamento afirmando que houve, sim, uso de armas químicas na Síria. Embora não tenha sido explícito, ele indicou que a administração Obama vai responsabilizar o regime do ditador Bashar Assad pela “obscenidade moral” que chocou a consciência do mundo. Kerry também sugeriu que o governo americano está mais perto de agir militarmente em resposta ao ataque, sem deixar claro, no entanto, quando uma ação nesse sentido poderá ocorrer.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Marie Harf, afirmou após o discurso de Kerry que o “número de mortos” da última quarta-feira obrigou os Estados Unidos a endurecer o posicionamento com relação à guerra civil síria. Mas, segundo dados levantados pela ONU, o conflito já havia deixado mais de 100.000 mortos nos últimos dois anos.

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A passividade do governo americano diante da matança no país também foi discutida ao longo do pronunciamento do porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Sem especificar os detalhes da estratégia adotada desde o início do confronto pela administração Obama, Carney apenas ressaltou que o uso de armas químicas foi determinante para o governo americano discutir uma ação na Síria. “Os ataques químicos violam leis internacionais que estão em vigor há muito tempo. Eles são contrários às diretrizes adotadas desde a I Guerra Mundial”, disse.

Estratégia – Especialistas de guerra ouvidos pelo The Guardian acreditam que Grã-Bretanha, Estados Unidos e seus aliados só irão permitir qualquer intervenção militar na Síria após os inspetores da ONU divulgarem um último relatório sobre o uso de armas químicas na guerra civil. Se o plano de atacar o regime de Assad for realmente levado adiante, os bombardeios focariam principalmente nos quartéis localizados ao sul de Damasco, onde estão abrigadas as unidades de elite do Exército sírio e uma divisão militar comandada pelo irmão do ditador, Maher Assad. Outro alvo também poderá ser a base da guarda presidencial, usada para proteger Damasco. O quartel está localizado ao norte da capital síria.

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