Grã-Bretanha diz que acusações sobre Malvinas são ‘lixo’
Argentina acusa britânicos de 'militarizar' Atlântico Sul; os europeus negam
O embaixador da Grã-Bretanha na ONU, Mark Lyall Grant, voltou a negar nesta sexta-feira que seu país esteja militarizando o Atlântico Sul e disse que as acusações argentinas nesse sentido são “lixo”. Além disso, o britânico criticou a Argentina por iniciar uma guerra de declarações a poucos meses do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, chamada por Grant de ‘invasão ilegal’ pelas tropas do país sul-americano.
Entenda o caso
- • As Ilhas Malvinas – Falkland, em inglês – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1883.
- • O arquipélago sempre foi motivo de tensão entre os dois países, até que em 1982 o ditador argentino Leopoldo Galtieri comandou uma invasão ao território.
- • O governo britânico reagiu rapidamente, enviando às ilhas uma tropa quase três vezes maior do que à da Argentina, que se rendeu dois meses depois.
- • Na guerra morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.
“Nada mudou em relação a nosso posto de defesa nas ilhas Falkland (como os ingleses chamam as Malvinas)”, afirmou o embaixador britânico na sede das Nações Unidas depois que o chanceler argentino Héctor Timerman formalizou nesta sexta-feira no organismo internacional a queixa de “militarização”da região. Para o embaixador britânico, as supostas provas apresentadas pelo argentino são “lixo”.
A Grã-Bretanha enviou um navio de guerra para o arquipélago, mas afirma que trata-se de uma operação de rotina. Mas Mark Lyall Grant se negou a comentar se seu país deslocou submarinos nucleares para as Malvinas, como alegou mais cedo a Argentina.
O britânico reiterou a determinação do primeiro-ministro David Cameron de seguir defendendo os habitantes das ilhas “para que não se repita” a invasão de 1982. Ele também criticou o governo de Cristina Kirchner por propiciar uma “escalada da retórica” verbal entre as duas nações.
(Com agência EFE)