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Governo Kirchner deixou a Argentina ‘desordenada e mal administrada’, um país ‘próspero para traficantes’, diz Macri

Por Da Redação
1 mar 2016, 17h39

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, fez duras críticas nesta terça-feira à gestão kirchnerista, que governou o país entre 2003 e 2015. Em discurso no Congresso, Macri acusou a gestão anterior de ter deixado o Estado “desordenado e mal administrado” e afirmou que a Argentina é um “país próspero para os traficantes”. O mandatário pediu que se investigue se o avanço do narcotráfico nos últimos anos se deve à incompetência ou à cumplicidade do governo anterior.

“A primeira coisa é reconhecer que não estamos bem, embora nos doa, mas é a forma de colocar o ponto de partida na busca desse horizonte com que todos sonhamos”, afirmou o presidente. “Encontramos um Estado prejudicado pelo clientelismo, pelo desperdício e pela corrupção, que se pôs a serviço da militância política”, disse Macri em seu primeiro discurso de abertura do ano legislativo no Congresso, indicando que o crescimento de 64% do emprego público entre 2003 e 2015 visava a “camuflar o desemprego com o emprego público”.

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De acordo com Macri, o governo da presidente Cristina Kirchner deixou “um país cheio de dívidas, dívidas de infraestrutura, dívidas sociais, de desenvolvimento”. Macri acusou o governo kirchnerista de ter emitido moeda “de modo irresponsável, que gerou inflação, em meio à maior pressão tributária da história do país”. “Há uma década que a Argentina é um dos países com maior inflação do mundo, com uma média anual acima dos 20% e de 700% nos últimos 10 anos”, lamentou o presidente.

Depois de dedicar meia hora de seu discurso de abertura do ano legislativo, o presidente se comprometeu “a publicar todos os dados, área por área, para que todos saibam o estado da Argentina em dezembro de 2015”.

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Narcotráfico – Diante dos parlamentares, o mandatário lembrou que as Nações Unidas posicionam a Argentina como o terceiro país exportador de cocaína do mundo. “Somos um país que recebe, refina, vende internamente e exporta droga”, disse. O presidente argentino, que considera a luta contra o narcotráfico um dos grandes desafios de seu governo, denunciou que as redes de tráfico de entorpecentes se sentiram livres para se expandir no país nos últimos anos e que as fronteiras “estão virtualmente indefesas”.

“Todo nosso sistema de defesa está desatendido, com aviões que não voam, poucas embarcações que funcionam e falta de equipamento em todas as Forças Armadas. Será tarefa da Justiça investigar se esta situação foi fruto da negligência, da incompetência ou da cumplicidade (do governo anterior)”, afirmou Macri, entre aplausos da bancada governista.

Macri vinculou o fracasso da luta contra o narcotráfico durante os mandatos kirchneristas às fracassadas políticas de segurança durante os últimos anos e as culpou pelo aumento do crime e da insegurança. O chefe de Estado argentino, que decretou estado de emergência em segurança pública em janeiro, se comprometeu no discurso a fazer todo o possível para reverter essa situação.

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(Com agências EFE e AFP)

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