O governo e o Parlamento suecos informaram ter recebido ameaças nesta segunda-feira, três dias depois de os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) levarem pânico a Paris em ataques que deixaram 129 mortos e centenas de feridos. As autoridades não deram detalhes sobre a natureza das ameaças e disseram que as agências de inteligência do país determinarão os autores e sua credibilidade.
“O governo recebeu um e-mail contendo ameaças”, disse o porta-voz do governo, Bodil Sunden. Um porta-voz do Parlamento sueco, a Riksdag, também disse ter recebido uma carta com ameaças, mas a sede do Legislativo, perto do palácio real de Estocolmo, não foi evacuado. “Podemos confirmar que uma ameaça ao Parlamento sueco foi recebida”, informou o Riksdag em um comunicado publicado em seu site.
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Segundo a TV pública SVT, a carta ao Parlamento alertou legisladores para que evitassem ir ao Riksdag nesta terça-feira. Aparentemente, fez referência ao chamado “Banho de Sangue de Estocolmo”, um massacre ocorrido no século XVI, durante a invasão dinamarquesa da Suécia.
Fredrik Milder, porta-voz da agência de inteligência sueca Sapo, disse que as cartas com as ameaças se referiram especificamente a esta terça-feira, mas se recusou a fazer outros comentários.
As ameaças ocorrem dias após os ataques do grupo EI a Paris, os piores atentados terroristas lançados em solo francês, e a Beirute, em que explosões deixaram mais de 40 mortos no Líbano.
(Com agência France Presse)