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Governo do Uruguai endurece restrições após aumento de casos de Covid-19

Apesar de destaque na América do Sul por sucesso no controle da pandemia, país bateu recorde de infecções na última semana

Por Da Redação 2 dez 2020, 11h43

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, anunciou na terça-feira, 1, novas medidas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no país, devido ao aumento sustentado de casos nas últimas semanas.

Entre as principais medidas anunciadas estão o regresso ao home office em todas as repartições públicas e a recomendação de adotar a prática na iniciativa privada, o cancelamento de todas as modalidades esportivas em espaços fechados, a suspensão dos eventos de fim de ano em instituições de ensino e o fechamento de bares e restaurantes à meia-noite.

Lacalle Pou afirmou que a fiscalização dos protocolos nos transportes públicos será reforçada e o desrespeito às medidas poderá ser punido com multa de 60 dólares, o equivalente a cerca de 310 reais, por pessoa.

“No dia 18 de dezembro, faremos uma avaliação. Esperamos ter conseguido, não para diminuir os casos, mas para que essa segunda ou terceira onda em todo o mundo não nos arraste para baixo”, disse o uruguaio em entrevista coletiva na sede da Presidência.

O Uruguai tem se destacado na América do Sul por seu sucesso no controle da pandemia, sem nunca ter decretado uma quarentena obrigatória. Em meados de junho, o país, de 3,4 milhões de habitantes, registrava dias sem contágio.

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Em agosto, a capital, Montevidéu, chegou a se tornar a primeira da América Latina a reabrir teatros. Na época, também foi autorizada a reabertura de museus, galerias de arte e salas de cinema, todos com capacidade reduzida e medidas de controle, como uso obrigatório de máscaras e distanciamento físico.

Foi somente no dia 14 de outubro, após sete meses de uma emergência sanitária, que a barreira dos 50 casos diários foi superada pela primeira vez, número que dobrou um mês depois. Foram necessários apenas 11 dias para o mesmo dobrar novamente: no último sábado, 28 de novembro, bateu-se o recorde de 208 novos casos, número que se repetiu no domingo.

Atualmente, o país soma apenas 6.024 casos, incluindo 78 mortes, muito abaixo de Estados vizinhos. As taxas são inclusive um dos motivos que cidadãos de outros países, como da Argentina, estão de mudança para o Uruguai

Na escala usada pela universidade americana Harvard, o país passou da zona verde (média semanal de menos de um caso por 100 mil habitantes) para a zona amarela (entre uma e 10 infecções).

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O assessor do governo Fernando Paganini destacou que, “caso continue a tendência” de dobrar as infecções a cada 15 dias, “antes do final do ano entraríamos na zona laranja” (mais de 10 casos por 100 mil habitantes). “Não é mais possível estar na zona verde, então o objetivo é frear o crescimento”, explicou.

Lacalle Pou pediu que a população tenha responsabilidade, e alertou: caso seja necessário adotar “medidas mais radicais, isso será sentido não apenas na saúde, mas também no emprego”.

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