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Governo de Maduro encontra helicóptero usado em ataque ao TSJ

Aeronave que sobrevoou prédio público foi localizada perto de Caracas

Por Da redação
28 jun 2017, 22h26

O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, informou nesta quarta-feira que o helicóptero usado ontem para atacar o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) foi localizado pelas autoridades em uma cidade do estado de Vargas, próximo a Caracas, e indicou que até o momento não há detidos pelo incidente.

“Apesar das condições climáticas adversas, a nossa Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) localizou o helicóptero que foi empregado no dia de ontem em dois ataques terroristas a instituições do Estado venezuelano”, disse El Aissami à emissora estatal VTV.

Segundo o governo, o inspetor da polícia científica venezuelana (CICPC) Oscar Pérez, de 36 anos, furtou ontem um helicóptero com o qual sobrevoou as sedes do Ministério de Interior e do TSJ em Caracas, lançou quatro granadas e realizou disparos.

Nas redes sociais circularam vídeos e fotos que mostravam o helicóptero sobrevoando edifícios. Ao longe podem ser ouvidas explosões. Também foram divulgadas fotos da aeronave com uma faixa que dizia “350 Liberdade”, uma referência ao artigo constitucional invocado pela oposição para uma desobediência civil ao governo.

O caso, no entanto, gerou suspeitas entre opositores e analistas uma vez que o presidente Nicolás Maduro tem histórico de inventar tentativas de golpes de Estado, que usa como justificativa para aumentar a repressão. O fato de Pérez ser um ator que protagonizou um suspense em 2015 com o apoio do governo aumentou ainda mais a desconfiança.

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Maduro sustenta que o episódio acontece em uma “escalada golpista” de “fatores extremistas” da oposição. Horas antes do incidente, advertiu que se a chamada Revolução Bolivariana fosse destruída, “iríamos ao combate (…) e o que não conseguíssemos com votos, tomaríamos com as armas”.

Trama governista?

Diante da denúncia de Maduro, a União Europeia pediu para acabarem “urgentemente” com a violência, enquanto o Brasil, crítico do governo venezuelano, condenou igualmente o ataque e o “cerco de grupos paramilitares” contra o Parlamento.

O presidente venezuelano vincula o alegado complô a seu ex-ministro do Interior e general reformado, Miguel Rodríguez Torres que, segundo Maduro, teve Óscar Pérez como piloto. Ambos são acusados de estar a serviço da Agência Central de Inteligência americana (CIA).”Militares reformados não dão golpes”, defendeu-se Rodríguez Torres.

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A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) disse que examinará a denúncia do helicóptero, sem descartar que tudo seja uma trama do governo. “Seja o que for, é gravíssimo (…), a situação é insustentável”, disse à imprensa Julio Borges, presidente do Legislativo.

Protestos

A Venezuela vive dias de tensão por protestos contra Maduro. A dura repressão governista deixou 77 mortos desde 1º de abril, segundo a Procuradoria. As eleições são a principal exigência dos manifestantes, que nesta quarta-feira continuaram com novos bloqueios de vias para forçar Maduro a desistir de seu chamado a uma Assembleia Constituinte.

O presidente também enfrenta uma ofensiva da procuradora-geral, Luisa Ortega, que denunciou que há um “terrorismo de Estado”. Nesta quarta-feira, o TSJ determinou o congelamento das contas bancárias da procuradora e a proibiu de sair do país.

(com agências internacionais)

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