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Governo de Hong Kong cancela diálogo com estudantes

Executivo local culpa os estudantes pelo cancelamento da reunião. O jovens do movimento pro-democracia afirmam que a decisão partiu apenas do governo

Por Da Redação
9 out 2014, 10h43

O governo de Hong Kong suspendeu nesta quinta-feira o diálogo com os estudantes pró-democracia iniciado depois de mais de uma semana de protestos que paralisaram partes da cidade. “As bases para um diálogo construtivo foram minadas. É impossível manter um encontro construtivo amanhã”, afirmou a número dois do executivo local, Carrie Lam, atribuindo o colapso das negociações aos líderes estudantis, mas sem explicar os motivos. Os estudantes afirmaram que o cancelamento da reunião foi uma decisão unilateral do governo.

Os líderes estudantis e o governo local haviam concordado na terça-feira em realizar uma reunião para debater suas reivindicações nesta sexta-feira. O movimento pró-democracia obteve o apoio de boa parte da população, mas após oito dias de paralisia em Hong Kong os habitantes perderam a paciência. Hong Kong enfrenta a maior crise política desde a devolução à China, em 1997.

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O status de Hong Kong

Ex-colônia britânica, Hong Kong passou a ser uma região administrativa especial da China em 1997, ano em que o enclave foi devolvido. Pelo acordo entre britânicos e chineses, Hong Kong goza de um elevado grau de autonomia, liberdade de expressão e econômica. Também preserva elementos do sistema judicial ocidental. Essas condições devem ser mantidas pelo menos até 2047.

Apesar de a China concordar em estabelecer o sufrágio universal na próxima eleição para o Executivo do território autônomo em 2017, pretende manter o controle das candidaturas, uma proposta inaceitável para o movimento pró-democracia. Os manifestantes também exigiam, em vão, a renúncia do número um do executivo, Leung Chun-ying, que é visto como um fantoche de Pequim.

Em cenas pouco frequentes em Hong Kong, a polícia recorreu em 28 de setembro ao uso de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. A imprensa local e internacional chegaram a evocar a repressão ao movimento democrático na Praça da Paz Celestial em 1989 que, de acordo com fontes independentes, deixou ao menos 1.000 mortos em Pequim, sem contar no restante da China.

Investigação – O Ministério Público de Hong Kong foi autorizado pela Justiça a iniciar a investigação de um pagamento de uma empresa ao dirigente do governo local, Leung Chun-ying. O político é suspeito de ter recebido um pagamento de 6,4 milhões dólares (16 milhões de reais) de uma empresa de engenharia australiana contratada para fazer obras na cidade. O Departamento de Justiça da ex-colônia britânica autorizou o MP local a primeiramente “avaliar e decidir se será formalizada uma acusação” contra Leung.

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(Com agências Reuters e France-Presse)

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