Governo chavista reprime manifestação e prende 90 pessoas
Grupo de estudantes organizou protesto para exigir a libertação de manifestantes presos na semana passada
Por Da Redação
14 Maio 2014, 22h24
Ao menos 90 manifestantes foram presos na tarde desta quarta-feira em Caracas durante um protesto organizado por estudantes. De acordo com a imprensa venezuelana, o grupo marchava para exigir a libertação de outros estudantes que haviam sido presos na semana passada durante uma ação do governo contra vários acampamentos organizados por manifestantes.
Os jovens pretendiam chegar à sede da procuradoria, no lado oeste da cidade, mas, mais uma vez, o governo impediu a manifestação nessa região de Caracas. De acordo com o jornal opositor El Universal, os policiais afirmaram que alguns manifestantes atiraram pedras e coquetéis molotov contra a sede do Ministério do Turismo.
Outros teriam armado barricadas com sacolas de lixo e fecharam a passagem do trânsito ao longo de sete quarteirões. Soldados da Guarda Nacional (GNB) usaram gás lacrimogêneo contra o grupo em uma região com grande circulação de pessoas, e detiveram dezenas de manifestantes.
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Durante a ação, quatro fotógrafos foram agredidos pelos soldados, segundo o El Universal.
Antes da dissolução da manifestação, o líder estudantil Juan Requesens informou aos jornalistas que o objetivo da marcha era ‘exigir a libertação dos presos’ nos últimos dias.
O governo da Venezuela confirmou nesta quarta-feira que 20 dos 243 detidos durante o despejo de quatro acampamentos armados por manifestantes em Caracas permanecem presos, sete deles menores de idade. A ação de repressão ocorreu no dia 8 de maio e foi condenada pela oposição e por ONGs internacionais.
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Requesens afirmou que o governo venezuelano “está há dias, semanas, buscando o confronto entre os estudantes”, mas que eles, segundo disse, não cairão nessa “agenda”.
“O governo procura reprimir com ‘amedrontamento’ como na segunda-feira, e seguir detendo estudantes. Não cairemos no jogo do governo e as mobilizações vão continuar”, declarou em alusão a outra passeata convocada há dois dias que pretendia chegar à Nunciatura e que também acabou com enfrentamentos e detenções.
O dirigente estudantil da Universidade Central da Venezuela (UCV) Javier González afirmou aos jornalistas que esperavam em frente à sede da ONU em Caracas a chegada de um procurador do Ministério Público que receberia um comunicado do movimento estudantil venezuelano.
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“Estamos exigindo à Procuradoria Geral o fim da perseguição contra a diligência estudantil. Vimos que nos últimos dias invadiram casas de dirigentes estudantis e querem criminalizar o protesto. Certamente querem fazer Justiça com cada um dos atingidos”, disse González.
Ele garantiu que as mobilizações de estudantes nas ruas vão continuar, porque não vão “deixar que o governo saia com as suas (manifestações) e tente criminalizar o protesto porque é pacífico”.
Desde 12 de fevereiro a Venezuela vem sendo palco de uma série de protestos antigovernamentais liderados pela oposição e por estudantes. Até o momento, mais de 40 pessoas morreram e centenas foram detidas em incidentes relacionados aos protestos.
(Com agência EFE)
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