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Governo brasileiro espionou diplomatas estrangeiros, diz jornal

Operações aconteceram entre 2003 e 2004. Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República confirmou ações e afirma que responsáveis por vazamentos serão processados

Por Da Redação
4 nov 2013, 06h48

O governo brasileiro espionou diplomatas de três países em suas respectivas embaixadas e residências, informa reportagem da edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo, com base em relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O documento oficial da inteligência brasileira obtido pelo jornal detalha dez operações entre os anos de 2003 e 2004 e mostra que o governo monitorou funcionários de países como Irã e Rússia.

De acordo com o relatório, diplomatas russos envolvidos em negociações de equipamentos militares foram seguidos e fotografados durante suas viagens. Segundo a reportagem, o jornal confirmou as informações com fontes da inteligência e ex-funcionários da Abin, alguns dos quais participaram das ações citadas.

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As ações citadas pelo documento ocorreram no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na operação batizada de “Miucha”, em 2003, a Abin monitorou o cotidiano de três diplomatas russos, entre eles o ex-cônsul-geral no Rio de Janeiro, Anatoly Kashuba, e representantes da Rosoboronexport, agência estatal russa de exportação de equipamentos bélicos. A inteligência brasileira suspeitava que os russos pudessem estar espionando o país.

Em outra operação, chamada de “Xá”, a Abin seguiu a rotina de diplomatas iranianos, inclusive do ex-embaixador do Irã em Cuba, Seyed Davood Mohseni Salehi Monfared, que esteve no Brasil entre os dias 9 e 14 de abril de 2004.

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Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirma a existência das operações de contrainteligência desenvolvidas pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no período de 2003 e 2004, e reitera que elas “obedeceram à legislação brasileira de proteção dos interesses nacionais”. O GSI afirma também que “o vazamento de relatórios classificados como secretos constitui crime e que os responsáveis serão processados na forma da lei”.

Histórico – Em julho, as denúncias de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) atingiram o governo brasileiro. Segundo documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, os serviços de inteligência dos Estados Unidos monitoraram funcionários do governo brasileiro, incluindo a própria presidente Dilma Rousseff, e empresas, como a Petrobras.

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