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Governo argentino espiona juízes, políticos e jornalistas; dizem deputadas opositoras

Embora o conteúdo da denúncia seja gravíssimo, pairam dúvidas sobre a sua autenticidade, e a imprecisão dos dados dificulta a tarefa da investigação – informa o jornal 'Clarín'

Por Da Redação
21 out 2015, 08h42

Duas deputadas que fazem oposição ao governo de Cristina Kirchner, Laura Alonso e Patrícia Bullrich, apresentaram à Justiça um dossiê de 11 páginas com documentos que apontam que a Casa Rosada espiona – sem mandados judiciais – políticos opositores, juízes, jornalistas e até mesmo celebridades argentinas. A lista completa tem 202 nomes que estariam sendo monitorados pela Agência Federal de Inteligência argentina, reporta nesta quarta-feira o jornal Clarín. As deputadas não esclareceram a origem do dossiê.

A lista abrange um universo variado de figuras públicas, entre eles o atual prefeito de Buenos Aires e principal candidato opositor à Presidência, Maurício Macri. Há também o nome da juíza Sandra Arroyo Salgado, mulher do procurador-geral Alberto Nisman, que foi encontrado morto em seu apartamento em condições suspeitas que ainda não foram elucidadas pela Justiça. Também fazem parte da lista todos os membros do Supremo Tribunal; juízes e promotores federais; políticos (a maioria da oposição); executivos do Grupo Clarín; dezenas de jornalistas; ex-funcionários da inteligência; um ex-funcionário da CIA (Agência Central de Inteligência americana), Frank Holder, que vive na Argentina; e até mesmo um popular apresentador de TV, Marcelo Tinelli.

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As congressistas apresentaram duas queixas-crime nesta terça a um tribunal federal e, de acordo com a denúncia, todos os nomes listados “estiveram ou ainda estão sendo monitorados com escutas, armazenamento de dados de WhatsApp e de mensagens eletrônicas de celulares e computadores”. As deputadas Laura e Patrícia dizem que padrão comum de todos os espiados “é a manutenção de posições críticas independentes ao governo nacional”.

Embora o conteúdo da denúncia seja gravíssimo, pairam dúvidas sobre a sua autenticidade, e a imprecisão dos dados dificulta a tarefa da investigação – informa o Clarín. Ao menos seis fontes de inteligência consultadas pelo jornal argentino concordaram que a lista não é original. Além da ausência de números de telefone, a organização do material apresentado pelas deputadas não segue o padrão normal de documentos de inteligência, que também geralmente codificam nomes e dados sensíveis. Também de acordo com as fontes, será muito difícil a Justiça concluir uma investigação antes das eleições presidenciais, que terão o primeiro turno neste domingo e o segundo em 22 de novembro.

(Da redação)

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