Washington, 27 dez (EFE).- A Casa Branca se verá obrigada a pedir nesta semana, pela terceira vez neste ano, um aumento do teto da dívida do país no valor de US$ 1,2 trilhão, informaram nesta terça-feira funcionários do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
O aumento, contemplado no acordo fechado no último mês de agosto, aumentará o teto de dívida para até US$ 16,4 trilhões e seria solicitado ao Congresso nesta sexta-feira, quando o Tesouro calcula que a primeira economia mundial estará a apenas US$ 100 bilhões de atingir o limite atual.
Em agosto, o legislativo americano estabeleceu um aumento do teto da dívida – que até esse momento era de US$ 14,3 trilhões – em US$ 2,1 trilhões em três fases, ao mesmo tempo que se comprometeu a reduzir em US$ 2 trilhões o avultado déficit dos EUA nos próximos dez anos.
Segundo a lei, o Congresso tem 15 dias para decidir sobre o aumento do teto da dívida, que neste ano aumentou em US$ 900 bilhões.
Nesta ocasião, em caso de hipotético desacordo no Congresso, o presidente Barack Obama poderia utilizar seu direito de veto, desbloqueando o aumento do teto da dívida automaticamente no mais tardar até o dia 14 de janeiro.
Esta seria a terceira vez que o Executivo solicita o aumento da capacidade de endividamento neste ano, medida fundamental para que a principal economia mundial continue honrando seus pagamentos mais urgentes.
Segundo os cálculos dos funcionários do Departamento do Tesouro, uma vez aprovado este novo aumento não será necessário outro até o final de 2012.
Em agosto, as dificuldades até a última hora para alcançar um acordo no aumento progressivo do teto de dívida levaram a agência Standard & Poor’s a diminuir um nível da qualificação da dívida americana pela falta de propostas críveis para reduzir o déficit fiscal. EFE