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Gondoleiros de Veneza reduzem capacidade devido a ‘turistas com sobrepeso’

Número limite de passageiros por barco foi reduzido de seis para cinco, aumentando em mais de 20 quilos o peso máximo por pessoa

Por Da Redação
Atualizado em 21 jul 2020, 19h57 - Publicado em 21 jul 2020, 19h49

Em uma polêmica decisão, os gondoleiros de Veneza anunciaram nesta terça-feira, 21, que a capacidade de passageiros em seus barcos teria que ser reduzida por culpa de turistas “acima do peso”. Agora, apenas cinco pessoas poderão transitar pelos canais da cidade italiana em cada gôndola.

Antes, o limite para barcos do estilo nolo, que navegam pelos canais mais estreitos, era de 104 quilos por pessoa. Com a mudança, o limite sobre para quase 125 quilos, à medida que a associação dos gondoleiros de Veneza assumiu que, na última década, turistas ficaram mais pesados.

Enquanto isso, a capacidade dos barcos utilizados ​​para atravessar o Grande Canal de Veneza diminuiu de 14 passageiros para 12.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o presidente da associação de gondoleiros de Veneza, Andrea Balbi, disse que cargas mais pesadas fazem com que água inunde as embarcações. E, sem balanças para pesar os turistas, foi preciso generalizar o sobrepeso estrangeiro, reduzindo a quantidade de pessoas por barco.

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“É verdade que, em comparação a 10 ou 15 anos atrás, os turistas pesam um pouco mais”, disse Balbi. Ele acrescentou rapidamente que outro motivo para a mudança é que gôndolas já são construídas para transportar apenas cinco pessoas.

Segundo o jornal italiano La Repubblica, o presidente da associação de gondoleiros substitutos, Raoul Roveratto, foi ainda mais direto, dizendo que “os turistas agora estão acima do peso” e que embarcar “mais de meia tonelada de carne a bordo é perigoso”.

Junto a essa medida, Veneza também passou a permitir que os filhos de gondoleiros assumam hereditariamente a licença do pai, sem precisar fazer o até então exigido exame teórico – que inclui prova de história e línguas estrangeiras. Os únicos requisitos serão demonstrar que são capazes de remar na gôndola e um mínimo de quatro anos de experiência na embarcação da família.

A ideia é proteger ainda mais o negócio familiar, já quase impenetrável para quem é de fora. A profissão, um pilar da cidade desde 1094, é seguida por 433 gondoleiros e 180 gondoleiros substitutos.

Contudo, na próxima temporada na Itália, turistas talvez tenham que escolher: ou as deliciosas pizzas, tortelloni e cannoli, ou o tradicional e histórico passeio de gôndola.

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