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General sérvio Ratko Mladic pega prisão perpétua por genocídio

O Tribunal de Haia concluiu que Mladic teve papel de liderança no massacre de Srebrenica, no qual cerca de 8.000 muçulmanos foram assassinados

Por Estadão Conteúdo
22 nov 2017, 12h35

O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) condenou nesta quarta-feira o general servo-bósnio Ratko Mladic à prisão perpétua por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra durante a Guerra da Bósnia, nos anos 1990.

O tribunal da ONU concluiu que Mladic era culpado de 10 dos 11 crimes pelos quais foi acusado, inclusive por genocídio diante de seu papel “instrumental” no massacre de Srebrenica, no qual cerca de 8.000 homens e garotos muçulmanos foram mortos, em 1995.

O processo levou no total mais de duas décadas, durante as quais se encontraram provas e Mladic foi julgado. Ele foi preso em 2011, após ficar 14 anos foragido. O julgamento levou no total quatro anos e incluiu quase 600 testemunhas dos acontecimentos na Bósnia.

O Tribunal de Haia concluiu que Mladic teve papel de liderança no massacre de Srebrenica, no qual cerca de 8.000 muçulmanos foram assassinadosMladic sentou no tribunal para ouvir o veredicto, mas foi retirado do local uma hora e meia depois, quando começou a gritar. O incidente ocorreu após o juiz negar o pedido de seu advogado para que o veredicto fosse adiado, por causa dos problemas de pressão alta do réu.

Durante vários dias em meados de julho de 1995, as tropas de Mladic executaram homens e meninos em Srebrenica e no seu entorno. Trata-se da maior matança em solo europeu desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

O juiz concluiu que Mladic era diretamente envolvido e responsável pelos acontecimentos, bem como pelo terror imposto no sangrento certo a Sarajevo. Ele também foi culpado por fazer soldados de paz da ONU como reféns.

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Cerca de 140.000 pessoas morreram no conflito bósnio, que terminou com uma série de acordos mediados pelos Estados Unidos entre as partes, em grande medida dividindo o controle político da Bósnia a partir de linhas étnicas. Quase a metade dos mortos era de muçulmanos bósnios.

‘Vitória transcendental’

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al Hussein, qualificou como uma “vitória transcendental” da Justiça a sentença do TPII.

“Mladic é a personificação do diabo e o julgamento dele é o paradigma do que representa a Justiça internacional”, afirmou em comunicado Zeid, que serviu na Força de Proteção da ONU na antiga Iugoslávia entre 1994 e 1996.

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(Com EFE)

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