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G7 pede que Rússia devolva usina nuclear à Ucrânia

G7 disse que as ações da Rússia aumentam o risco de um acidente nuclear, colocando em perigo a comunidade internacional

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 12h34 - Publicado em 10 ago 2022, 10h41

Os países do Grupo dos Sete (G7) condenaram nesta quarta-feira, 10, a ocupação russa da usina nuclear de Zaporizhzhia e pediram a Moscou que “devolva imediatamente o controle total” da planta à Ucrânia.

A equipe ucraniana que opera a usina “deve ser capaz de cumprir suas funções sem ameaças ou pressões. É o controle contínuo da usina pela Rússia que põe em perigo a região”, disseram os ministros das Relações Exteriores do G7 em comunicado.

“A Federação Russa deve retirar imediatamente suas tropas de dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia e respeitar o território e a soberania da Ucrânia”, afirmou.

O G7 disse que as ações das forças armadas da Rússia estão aumentando significativamente o risco de um acidente nuclear, colocando em perigo a população da Ucrânia, os estados vizinhos e a comunidade internacional.

O G7 reiterou sua “condenação mais forte” à invasão da Ucrânia pela Rússia, que eles chamam de “guerra de agressão não provocada e injustificável”.

Os ministros das Relações Exteriores do grupo também afirmaram que as ações da Rússia prejudicam a capacidade da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de monitorar a segurança das atividades nucleares no país invadido.

Segundo o diretor-geral da agência, Rafael Mariano Grossi, o bombardeio na usina de Zaporizhzhia violou praticamente todos os sete pilares de segurança e proteção nuclear.

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No entanto, especialistas da AIEA acreditam que o bombardeio não causou uma ameaça imediata à segurança nuclear, com base nas informações fornecidas pela Ucrânia.

Durante dias, Ucrânia e Rússia culparam uma à outra pelos ataques ao local, que é a maior usina nuclear da Europa. O complexo está sob ocupação russa desde o início de março, embora técnicos ucranianos ainda controlem operações.

“Todas as atividades militares que colocam em risco a segurança nuclear devem ser interrompidas”, disse Grossi.

Um último ataque marca uma escalada de uma situação já tensa na região ao redor de Zaporizhzhia.

Valentyn Reznichenko, chefe da administração regional de Dnipropetrovsk, disse que as forças russas usaram mísseis Grad para atingir Marhanets, uma cidade perto da cidade de Nikopol, durante a noite desta quarta-feira.

As forças russas, disse ele, dispararam 80 foguetes que foram “dirigidos a áreas residenciais”, “atingindo deliberadamente e sorrateiramente as pessoas enquanto dormiam em suas casas”.

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Blocos de apartamentos e prédios administrativos foram danificados, acrescentou, e milhares de pessoas ficaram sem energia. A Rússia não comentou esse ataque específico, mas nega ter civis como alvos.

Não ficou imediatamente claro se os ataques recentes vieram da fábrica. Mas eles aconteceram dias depois que autoridades russas e ucranianas se culparam mutuamente pelo ataque ao complexo, levantando temores em todo o mundo sobre a segurança da usina.

O representante da Rússia em organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov, disse que a Rússia solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a situação na usina de Zaporizhzhia. A reunião será realizada nesta quinta-feira, 11, em Nova York.

Ulyanov também acusa Kyiv de criar “obstáculos e dificuldades artificiais” a uma potencial missão da AIEA à usina nuclear.

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