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Fundador do Wikileaks, Assange é preso na embaixada do Equador em Londres

Jornalista australiano se refugiava no local desde 2012 para evitar sua extradição à Suécia, que solicitou sua prisão por suspeita de crimes sexuais

Por Da Redação Atualizado em 11 abr 2019, 12h07 - Publicado em 11 abr 2019, 06h59

O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, foi preso nesta quinta-feira, 11, dentro da embaixada do Equador em Londres. O jornalista australiano entrou na representação diplomática equatoriana em 2012 para evitar sua extradição para a Suécia, que solicitava sua prisão por suspeita de crimes sexuais.

Na última semana, a organização havia divulgado em sua conta no Twitter que tomara conhecimento sobre a iminente prisão de Assange.

Um vídeo divulgado pela imprensa britânica mostra o momento em que o jornalista é arrastado por policiais para fora da embaixada. Ele foi levado sob custódia para uma delegacia central de Londres e será encaminhado para o Tribunal de Magistrados de Westminster, segundo as autoridades.

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O relacionamento de Assange com o Equador entrou em colapso depois que Quito o acusou de vazar informações sobre a vida pessoal do presidente Lenín Moreno.

O líder equatoriano divulgou um vídeo em que explica que o asilo ao jornalista se tornou “insustentável” por causa do “comportamento agressivo” do australiano em relação ao Equador e por suas “violações” de acordos internacionais.

Moreno afirmou que pediu ao Reino Unido que garantisse que Assange não será extraditado para um país onde possa enfrentar tortura ou a pena de morte. “O governo britânico confirmou isso por escrito, de acordo com suas próprias regras”, disse.

Histórico

O pedido de asilo de Assange ao Equador aconteceu após o fim de um longo processo de extradição para a Suécia nos tribunais britânicos. Como a Grã-Bretanha se negava a dar salvo-conduto para que ele deixasse a embaixada e seguisse para o Equador, Assange seguia morando no local, em um impasse que já durava mais de seis anos.

O processo por abusos sexuais foi encerrado, mas o ativista permaneceu recluso na embaixada por temer uma investigação dos Estados Unidos. 

No ano de 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 90.000 documentos confidenciais relacionados a ações militares de Washington no Afeganistão e cerca de 400.000 documentos secretos sobre a guerra no Iraque, em um dos maiores vazamentos de dados secretos da história.

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Jennifer Robinson, uma das advogadas de Assange, afirmou que a prisão desta quinta tem relação com um pedido de extradição feito pelo governo americano. 

Recentemente, Assange passou a ser criticado por democratas nos Estados Unidos por supostamente beneficiar a Rússia com vazamentos de material confidencial. Em 2016, ele divulgou e-mails da campanha da então candidata à Presidência Hillary Clinton obtidos quando hackers russos invadiram os computadores do Comitê Nacional Democrata.

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Espionagem e chantagem

Na quarta-feira 10, o WikiLeaks denunciou que Assange foi vítima de uma sofisticada operação de espionagem na embaixada. Segundo a organização, reuniões entre advogados e um médico na sede diplomática foram filmadas em segredo no último ano.

Agora, um indivíduo “duvidoso”, não identificado, ofereceu todo o material na Espanha em troca de 3 milhões de euros, de acordo com o site.

O diretor do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, disse que viajou para a Espanha para encontrar essa pessoa, que lhe mostrou vídeos das reuniões que Assange manteve no último ano, assim como a cópia de um documento legal deixado em uma sala do edifício diplomático.

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De acordo com o diretor do WikiLeaks, a polícia espanhola foi informada que documentos e vídeos estão à venda e o caso passou para as mãos de um juiz para sua investigação.

A advogada Jennifer Robinson indicou que remeterá uma queixa dessas atividades às Nações Unidas, e também expressou inquietação pela cooperação que o governo equatoriano está dando aos Estados Unidos.

(Com EFE)

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