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Funcionários da Cruz Vermelha pagaram por serviços sexuais

Investigação interna do órgão humanitário apontou que 21 funcionários cometeram abusos e tiveram condutas inapropriadas. Todos os envolvidos foram demitidos

Por Da redação
24 fev 2018, 16h14

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) revelou que 21 funcionários foram demitidos desde 2005 por terem pagado por serviços sexuais ou renunciaram enquanto era realizada uma investigação interna, e reconheceu que condutas deste tipo são uma “traição” às pessoas pela quais trabalha.

“Esta conduta é uma traição às pessoas e comunidades que servimos, vai contra a dignidade humana e devemos estar mais atentos para preveni-la”, afirmou o diretor-geral da organização humanitária, Yves Daccord, em declaração publicada em seu site.

Em um período no qual vêm sendo revelados vários casos de assédio, condutas inapropriadas e agressões sexuais em diferentes setores, incluindo o humanitário, Daccord pediu às suas equipes que rastreiem todos os dados sobre este problema, já que o sistema de gestão utilizado não permite fazê-lo de maneira precisa.

“O sistema descentrado de gestão que usamos por quatro décadas é o que nos permite tomar decisões de vida ou morte em termos de segurança e fornecimento de ajuda, mas quando se trata de más condutas foi difícil compilar dados exatos”, explicou.

Com as informações que solicitou à sua equipe, Daccord indicou que além dos 21 casos identificados, houve dois funcionários suspeitos de condutas sexuais inapropriadas que não tiveram contrato renovado.

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O CICV tem mais de 17 mil empregados no mundo todo e o responsável pelo órgão reconheceu que existe a preocupação quanto a atos “que deveriam ser reportados e ainda não o foram, ou que o foram sem ser tratados adequadamente”.

Todos os contratos de trabalho estão vinculados ao Código de Conduta do CICV, que desde 2006 proíbe explicitamente a compra de serviços sexuais, inclusive onde a prostituição é legal, “pois consideramos que este comportamento é incompatível com os valores e a missão da organização”.

“Todo funcionário que violar nosso Código de Conduta terá que responder por seus atos”, afirmou o diretor-geral do CICV, que acrescentou que há contato constante com outras organizações que trabalham em atividades similares para impedir que os infratores possam se movimentar no setor sem serem detectados.

(Com EFE)

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