Funcionário da embaixada americana no Iêmen é executado
Ele investigava ataques à embaixada no mês passado, durante onda de revolta
Um funcionário da embaixada dos Estados Unidos no Iêmen foi morto nesta quinta-feira a caminho do trabalho, confirmaram fontes do setor de segurança do país à agência Reuters. Qassem Aqlan, chefe da equipe de segurança da embaixada, foi morto a tiros por homens em uma motocicleta, que usavam máscaras e abriram fogo contra seu carro. O funcionário era iemenita.
“Essa operação tem as impressões digitais da Al Qaeda, que já realizou ações similares”, disse a fonte, que pediu anonimato. A Al Qaeda na Península Árabe, que tem base no Iêmen, e outros grupos terroristas reforçaram sua atuação em áreas do país durante a Primavera Árabe, que terminou por derrubar o presidente Ali Abdullah Saleh, em fevereiro.
Aqlan trabalhava há vinte anos na embaixada americana, na capital Sanaa. Coube a ele, justamente, a chefia das investigações sobre os ataques ao local no mês passado, em meio à onda de revolta provocada pela divulgação de um filme anti-islã. Na ocasião, manifestantes invadiram o prédio da embaixada e queimaram bandeiras dos Estados Unidos. Ele fazia o elo entre os serviços de inteligência iemenita e os representantes americanos.
Caso confirmada a atuação da Al Qaeda na ação, a morte do chefe de segurança faria parte de uma represália contra a atuação dos Estados Unidos no país. Cientes do poder da rede terrorista na região, Washington tem feito ataques com aviões não tripulados para bombardear posições de militantes extremistas.
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(Com agência Reuters)