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Franco garante que dará continuidade aos projetos de Lugo

Entre as promessas para seu curto mandato até agosto de 2013 estão reforma agrária, segurança, melhorias na saúde e na educação e o combate à pobreza

Por Da Redação
1 jul 2012, 17h21

Em seu nono dia como presidente do Paraguai, Federico Franco negou neste domingo a “ruptura da ordem democrática” em seu país e anunciou que dará continuidade a vários projetos que eram promovidos pelo destituído presidente Fernando Lugo. Franco, que era vice-presidente de Lugo desde 2008, fez a declaração durante a apresentação do relatório anual de gestão do governo em uma sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados, marcada por um forte esquema de segurança.

O relatório é divulgado sempre em 1º de julho, coincidindo com a renovação dos quadros do Legislativo, que em 22 de junho destituiu Lugo do cargo, em um julgamento político, após declará-lo culpado por “mau desempenho” de suas funções. Reforma agrária, segurança, melhor qualidade da saúde e da educação, combate à pobreza, “tolerância zero” à corrupção e prisão de ladrões, traficantes e sequestradores são algumas das promessas de Franco para o que resta de seu mandato, que termina em 15 de agosto de 2013. “Todos os programas sociais de educação e de saúde bem-sucedidos serão mantidos e outros serão criados para dar dignidade à vida dos mais necessitados”, anunciou.

A nova administração começa com a suspensão do Paraguai de blocos regionais como o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), decretada pelos organismos durante uma reunião realizada na sexta-feira em Mendoza, na Argentina. Franco ratificou mais cedo que as medidas são “ilegais” e “ilegítimas” e disse que seu governo promoverá “ações que têm o amparo do direito internacional”. Tanto o Mercosul como a Unasul, onde foi denunciada a ruptura da “ordem democrática” no Paraguai e criticada a rapidez do processo de cassação de Lugo, informaram que as sanções serão mantidas até as eleições gerais no Paraguai, previstas para 21 de abril de 2013.

“O governo rejeita a acusação de que no Paraguai houve uma ruptura da ordem, o que não é coerente com a realidade tangível. As instituições democráticas se encontram em plena vigência no país e, por conseguinte, os direitos humanos são e serão rigorosamente respeitados”, afirmou. “No país reinam a paz e a tranquilidade, e os direitos individuais e as garantias constitucionais estão plenamente vigentes”, insistiu Franco, em contraposição à postura de Lugo, que não reconhece o atual governo e sustenta que foi vítima de um “golpe de estado parlamentar”. “Percebo o apoio do Congresso Nacional, do Poder Judiciário, da Justiça Eleitoral, das instituições democráticas, da igreja e de todo o povo”, completou o governante.

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Franco prevê receber na segunda-feira uma missão especial da Organização dos Estados Americanos (OEA), liderada pelo secretário geral do organismo, José Miguel Insulza, que analisará a situação do país. Ele disse estar convencido de que essa missão, que chegará a Assunção na noite deste domingo, “poderá comprovar que não existe essa ruptura nem ameaça de ruptura na ordem democrática”. “O governo garantirá à missão da OEA todas as comodidades necessárias para o desempenho de suas funções. O mesmo será feito com as missões enviadas por outros organismos internacionais com os quais o Paraguai tiver ligação”, ressaltou.

Finalmente, o atual presidente fez um apelo por união e ressaltou que seu maior desafio é “arrumar a casa e entregar um país com governabilidade” quando acabar seu mandato. O novo governo deverá enfrentar, além disso, a redução prevista da economia que, no primeiro trimestre de 2012, registrou uma retração de 2,6% do PIB pelo colapso das atividades agrícola e pecuária. O Banco Central do Paraguai (BCP) detalhou em um relatório divulgado na semana passada que, assim, se confirmam suas previsões para o ano todo: uma queda média de 1,5% do PIB, diante do crescimento de 13,1% em 2010 e de 4,4% em 2011.

(Com agência EFE)

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