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França reprova declarações de Trump sobre uso de armas

Presidente americano disse que atentados terroristas em casa noturna de Paris poderiam ter sido evitados se "um cliente estivesse armado"

Por AFP Atualizado em 5 Maio 2018, 19h00 - Publicado em 5 Maio 2018, 17h52

A governo da França reprovou as declarações do presidente americano Donald Trump, que citou atentados terroristas que deixaram 130 mortos e centenas de feridos em Paris, para defender o direito ao uso de armas.

“A França expressa sua firme reprovação às declarações do presidente Trump em relação aos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, e pede respeito à memória das vítimas”, declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll.

Em discurso na Associação Nacional do Rifle (NRA, sigla em inglês) na sexta-feira, poderoso grupo de pressão americano a favor das armas, Trump declarou que, se alguma das vítimas dos ataques ao Bataclan, uma casa noturna de Paris, estivesse armada, os massacres poderiam ter sido evitados.

“Foram brutalmente assassinadas por um pequeno grupo de terroristas armados. Sem pressa, mataram um por um. Bum! Venha aqui! Bum! Venha aqui!”, disse o presidente americano, simulando com gestos um jihadista atirando contra as vítimas.  “Se um funcionário ou cliente estivesse armado, os terroristas teriam fugido ou sido baleados, e a história teria sido outra”, completou.

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“A livre circulação de armas no seio de uma sociedade não constitui uma barreira contra os ataques terroristas. Pelo contrário, pode facilitar o planejamento deste tipo de ataque”, replicou a porta-voz da diplomacia francesa.

“A França tem orgulho de ser um país seguro, onde a compra e o porte de armas de fogo são estritamente regulamentados”, assinalou. “As estatísticas envolvendo vítimas de armas de fogo não nos levam a rediscutir esta escolha.”

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As declarações de Trump também deixaram indignados o ex-presidente François Hollande e seu ex-premier, Manuel Valls. “Os comentários vergonhosos e os gestos obscenos de Donald Trump dizem muito sobre o que ele pensa sobre a França e seus valores”, considerou Hollande.

“Indecente e incompetente. O que mais se pode dizer?”, tuitou Valls, que, com Hollande, chefiava o governo no momento dos ataques de 13 de novembro de 2015. Cento e trinta pessoas foram assassinadas e centenas ficaram feridas na série de atentados em Paris e Saint Denis reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

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