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França questiona termos do acordo com Irã e negociações travam

País não aceita ceder sobre funcionamento do reator de Arak, e John Kerry se reúne separadamente com o chanceler iraniano para tentar avançar nas discussões

Por Da Redação
9 nov 2013, 16h31

As negociações conduzidas pelos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia) e a Alemanha para colocar fim ao programa nuclear do Irã atingiram um impasse, sobretudo devido aos questionamentos da França. O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, considerou o conteúdo do acordo insuficiente para eliminar os riscos do programa nuclear iraniano.

Depois de três dias de avanços nas negociações em Genebra, na Suíça, onde os chanceleres dos países do grupo 5+1 estão reunidos, a expectativa era de que um acordo fosse assinado na tarde deste sábado. Contudo, um racha nas opiniões dos líderes fez com que a possibilidade de uma resolução perdesse força. Durante a manhã, o chanceler britânico William Rague afirmou que não havia qualquer certeza de que os países resolveriam suas diferenças ainda neste fim de semana.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, adotou o mesmo discurso. “É possível que não sejamos capazes de terminar nesta noite”, afirmou, ressaltando que o acordo estava na etapa do rascunho.

A principal preocupação da França, segundo o jornal The New York Times, é o reator nuclear construído perto da cidade de Arak. O equipamento pode produzir plutônio, uma alternativa ao urânio enriquecido usado para ativar armas nucleares. O governo francês exige que as obras do reator sejam interrompidas ou destruídas, mas Teerã se comprometeu apenas a não ligá-lo por um período de seis meses.

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Segundo a rede CNN, o secretário de Estado John Kerry se reuniu separadamente com Jarif para tentar acelerar a conclusão do acordo. Os detalhes do documento que explicam os impasses não foram divulgados pelos chanceleres.

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Histórico – Na primeira rodada de negociações em Genebra, ocorrida em outubro, o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif afirmou que as conversas foram “extensas e frutíferas”. Catherine Ashton, comissária do Conselho Europeu, acrescentou que os representantes internacionais estavam analisando uma proposta do Irã, mas reforçou que os outros detalhes do encontro seriam mantidos em sigilo. Além disso, os negociadores do grupo 5+1 reiteraram que não tiveram tempo para debater todos os pontos referentes ao programa nuclear iraniano e às sanções impostas ao país. O fim das barreiras comerciais ao país é a principal moeda de troca para o fim do programa nuclear.

O único ponto da proposta iraniana que se tornou público foi a indicação de que Teerã poderia permitir visitas sem aviso prévio dos inspetores das Nações Unidas às instalações nucleares do país. A sinalização foi considerada positiva pelo grupo 5+1.

Antimíssil – Enquanto as discussões eram levadas adiante em Genebra, o ministro de Defesa do Irã, Hossein Dehqan, inaugurou também neste sábado a linha de produção de um novo sistema antimíssil chamado Hunter 2. “Para combatermos ataques aéreos, colocamos a produção do sistema de míssil Hunter 2 na agenda”, disse o ministro à televisão estatal. “Esse sistema é capaz de destruir diferentes tipos de mísseis, bombas, aviões não tripulados e helicópteros.” Ele não especificou o alcance do sistema.

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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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