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França pede ‘sangue frio’ e ‘comedimento’ com a Turquia

Os dois países entraram em uma crise diplomática após acusações mútuas

Por Da Redação
23 dez 2011, 10h51

O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, pediu nesta sexta-feira “sangue frio” e “comedimento” no conflito diplomático entre Ancara e Paris, depois que o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou a França de ter cometido um “genocídio” na Argélia durante sua colonização do país. Juppé qualificou as declarações de Ergodan de “excessivas” e ressaltou que há razões para manter relações de confiança e “inclusive de amizade”. Esta foi a segunda que vez que o chefe da diplomacia francesa tentou acalmar os ânimos após Ergodan ter anunciado na quinta a suspensão das relações políticas e militares com a França pelas diferenças que mantêm sobre o genocídio armênio.

Entenda o caso

  1. • Os deputados franceses aprovaram uma lei que pune com um ano de prisão e multa de 45.000 euros qualquer pessoa que negar a existência do ‘genocídio armênio’.
  2. • Os armênios afirmam que 1,5 milhão de pessoas foram assassinadas em 1915, durante I Guerra, na região do leste da Turquia; outros milhares foram deportados. Eles eram considerados inimigos e acusados de se aliarem com a Rússia.
  3. • O governo turco reconhece que cerca de 500.000 armênios morreram em combates e durante sua deportação, mas nega que as mortes tenham sido intencionais.


As declarações de Erdogan sobre o papel da França na Argélia foram feitas depois que os deputados franceses aprovaram uma lei que multa quem negar o massacre de armênios pelo Império Otomano, em 1915, por considerá-lo genocídio. De acordo com o próprio Juppé, a iniciativa do projeto de lei “era inoportuna, mas o Parlamento votou”, por isso acredita que agora a prioridade é tentar “retomar relações tranquilas” com a Turquia. “Sei que será difícil, mas o tempo cuidará disso”, acrescentou Juppé.

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Contexto – O governo turco interpreta a lei, que ainda terá que passar pelo Senado antes de entrar em vigor, como um ato hostil à Turquia, que considera o massacre de armênios como lamentáveis excessos ocorridos na I Guerra Mundial, mas não como genocídio. Hoje vivem 350.000 cidadãos turcos na França, dos quais 2.000 são estudantes, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores.

Na Turquia há cerca de 1.000 empresas francesas que somam 100.000 postos de trabalho, acrescentou um porta-voz da diplomacia francesa, lembrando que seus investimentos nesse país foram de 11 bilhões de dólares em 2010. Segundo as previsões da França, o comércio bilateral entre os dois países deve alcançar 12 bilhões de euros em 2011.

(Com agência EFE)

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