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França convoca embaixadora dos EUA para explicar espionagem

Documentos vazados pelo Wikileaks apontaram que agências de inteligência americanas bisbilhotaram as comunicações pessoais dos três últimos presidentes franceses

Por Da Redação
24 jun 2015, 07h22

A França convocou nesta quarta-feira a embaixadora dos Estados Unidos no país, Jane Hartley, para prestar explicações diante da revelação de que agências de inteligência americanas espionaram os três últimos presidentes franceses. A medida foi adotada após uma reunião de emergência do Conselho de Defesa nesta manhã, com a presença do presidente François Hollande e de seus principais ministros nas áreas militar e de inteligência.

Novos documentos vazados pelo site WikiLeaks apontam que o serviço secreto americano espionou as comunicações de três presidentes da França entre 2006 e maio de 2012: Jacques Chirac (1995-2007), Nicolas Sarkozy (2007-2012) e Hollande. As revelações foram replicadas na terça pelo jornal francês Libération.

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De acordo com o WikiLeaks, os arquivos incluem conversas entre funcionários do governo francês sobre a crise mundial, o colapso financeiro da Grécia e o relacionamento da administração de Hollande com o governo da chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

“A França não tolerará nenhum ato que coloque em risco sua segurança”, afirmou a presidência ao fim da reunião desta quarta. Antes do encontro, o porta-voz do governo, Stéphane Le Foll, havia declarado para a emissora i-Télé que a espionagem entre aliados “não é aceitável”. “França e Estados Unidos são aliados frequentes no mundo em nome da democracia e da liberdade. Se esse tipo de ação aconteceu não é aceitável nem compreensível”, afirmou.

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No comunicado divulgado após a reunião, o governo francês cobrou: “Os compromissos assumidos pelas autoridades americanas, que se comprometeram no fim de 2013 a não espionar mais os aliados, devem ser recordados e estritamente respeitados”.

O episódio foi condenado por todos os partidos franceses, de governo e de oposição. Por enquanto, a Casa Branca se limitou a afirmar que não espiona as comunicações de Hollande. Os Estados Unidos enfrentaram uma crise diplomática com vários de seus aliados após os primeiros documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden provarem, no ano passado, que a agência monitorava de forma sistemática as comunicações pessoais de chefes de Estado.

(Com agências France-Presse e EFE)

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