Caracas, 27 jun (EFE).- Caracas está se preparando para abrigar o XVIII Foro de São Paulo entre 4 e 6 de julho com a presença de mais de 600 delegados internacionais e 100 partidos da América Latina, Europa, Ásia e África e com a expectativa de que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, participe do encontro.
Sob o lema ‘Os povos do mundo contra o neoliberalismo e pela paz’, o Foro impulsiona um ‘mundo multipolar’ e de confronto ao modelo capitalista que tenta retomar políticas públicas, disse à Efe o dirigente governista venezuelano Rodrigo Cabezas.
‘Além disso, o encontro ocorre em um contexto de grave crise do capitalismo mundial, do golpe de Estado no Paraguai e a poucos dias das eleições presidenciais na Venezuela’, afirmou Cabezas se referindo ao pleito do próximo 7 de outubro no qual Chávez enfrentará o candidato da oposição, Henrique Capriles.
Estes e outros temas serão o centro da discussão de 600 delegados internacionais de diversos partidos esquerdistas, socialistas, comunistas, nacionalistas e progressistas de todo o mundo. ‘Caracas se transformará na capital mundial da esquerda’, destacou Cabezas, também deputado no Parlatino do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que levará ao fórum 150 representantes.
A edição número 18 do encontro reunirá partidos latino-americanos do México até a Argentina e também representantes de partidos europeus, chinês e, inclusive, Mali.
Além deles, Cabezas destacou a presença, do líder indígena guatemalteca Rigoberta Menchú, Nobel da Paz; da coordenadora da argentina Associação Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini. Do Brasil, estará o presidente do PT, Rui Falcão.
No entanto, o ex-ministro de Finanças de Chávez não confirmou a participação no evento do líder venezuelano, convalescente de um câncer detectado há pouco mais de um ano. ‘Temos a expectativa que o presidente Hugo Chávez participe. Não está decidido ainda, mas temos a expectativa’, disse.
Distribuído em três dias, o XVIII Foro de São Paulo contará com 14 oficinas temáticas que abordarão temas como defesa, democratização da informação e meio ambiente. Também será desenvolvido um encontro paralelo entre mulheres e juventudes de esquerda.
Além disso, se desenvolverá um seminário sobre ‘Paz, soberania nacional e descolonização’ onde serão tratados temas como a soberania das Ilhas Malvinas, a independência de Porto Rico e das ilhas antilhanas de Aruba, Bonaire e Curaçao.
O ato central do Foro ocorrerá na noite do dia 5 no Teatro Teresa Carreño, mas só no dia 6 será feita a leitura da declaração final na grande plenária, que acontecerá no Hotel Alba Caracas.
O fórum, que pela primeira vez será realizado na Venezuela, também vai significar um respaldo ao processo de mudanças venezuelano. EFE