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Forças do governo matam 14 civis na Síria (ONG)

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25 abr 2012, 14h32

Quatorze civis, incluindo uma criança de 10 anos, foram mortos nesta quarta-feira pelas forças do regime em várias cidades sírias, apesar da mobilização de observadores internacionais, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Na província de Idleb (noroeste), quatro civis morreram depois que as forças de segurança abriram fogo contra passageiros de um ônibus, indicou o OSDH, informando também a respeito da morte de um quinto civil durante uma batida policial.

Na província de Homs (centro), uma pessoa foi abatida pelo Exército em Rastan, segundo a mesma fonte. Em Deir Ezzor (leste), uma criança de dez anos foi morta a tiros pelas forças do regime, no povoado de Al-Mriiya, segundo a ONG com sede no Reino Unido.

Na província de Damasco, outros quatro civis foram mortos em Harasta e em Douma. Na província de Deraa (sul), dois civis perderam a vida na cidade de Bosra al-Cham, um morto por um obus disparado contra a sua casa e outro durante combates. Uma terceira pessoa foi mortalmente atingida por disparos efetuados pelo Exército na localidade de Tafas, segundo a mesma fonte.

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Em meio às fileiras do Exército, três soldados foram mortos em combates com desertores em Tafas, indicou o OSDH.

Enquanto isso, o Crescente Vermelho Árabe Sírio (CRAS) anunciou nesta quarta-feira em um comunicado em Damasco que Mohammad Ahmad al-Khadra, um de seus voluntários, tinha sido morto a tiros na véspera em Douma.

“Outros 21 funcionários ainda estavam cercados nesta quarta-feira” nesta cidade situada a 13 km de Damasco, indica o CRAS, pedindo a “todas as partes envolvidas que protejam as equipes médicas presentes em Douma e facilitem sua saída” de Douma.

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Em meio a denúncias de mortes causadas pela repressão em Douma, um grupo de observadores da ONU encarregado de supervisionar o cessar-fogo na Síria visitou esta cidade no subúrbio de Damasco.

A agência oficial Sana e militantes no local confirmaram a visita.

Douma, uma cidade de 100.000 habitantes, tem sido frequentemente afetada pela violência desde o início do movimento de contestação em março de 2011.

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O militante Mohammad al-Said disse que a visita foi muito rápida. Um vídeo mostra a chegada do carro dos observadores à cidade.

Quinze observadores estão mobilizados na Síria, segundo uma autoridade da equipe da ONU, Neeraj Singh.

Dois estão em Homs e outros dois estão em Hama, duas cidades do centro da Síria onde foram registrados violentos combates entre as forças do governo e rebeldes. O restante da equipe está em Damasco.

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A violência prossegue na Síria, apesar do cessar-fogo oficialmente em vigor no dia 12 de abril, como parte de um plano de saída da crise proposto pelo emissário internacional Kofi Annan.

O mediador da ONU e da Liga Árabe pediu na terça-feira à noite a mobilização “rápida” dos 300 observadores internacionais.

“A mobilização rápida da Missão de Supervisão da ONU na Síria (MISNUS) é crucial”, afirmou Annan ao Conselho de Segurança, mesmo que “nenhuma solução esteja livre de riscos”. “Precisamos manter os olhos e ouvidos no terreno, capazes de se mover livre e rapidamente”, ressaltou.

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Mas Annan se disse particularmente preocupado com a entrada em Hama (centro) de tropas governamentais, que teriam deixado um grande número de vítimas, e considerou que a situação na Síria continua sendo inaceitável.

“Hama foi alvo na segunda-feira de uma vasta campanha militar e de segurança no dia seguinte à visita de observadores aos bairros desta cidade onde se reuniram com moradores que falaram sobre seu sofrimento”, indicou a Liga Síria dos Direitos Humanos (LSDH).

“As Forças Armadas sírias atacaram massivamente os bairros de Al-Arbaine e de Machaa al-Arbaine”, segundo a ONG, que fala de mais de 45 mortos e 150 feridos. Em seguida, “as forças do regime, acompanhadas de milícias civis armadas e pró-regime, atacaram os dois bairros e mataram nove militantes que tinham se reunido com os capacetes azuis”, afirma a LSDH.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, manifestou na terça-feira a sua indignação com a possível repressão por parte de Damasco de cidadãos que cooperaram com os observadores da ONU enviados à Síria, considerando que isso pode comprometer o plano de paz.

Segundo OSDH, a segunda-feira foi a mais violenta desde que o cessar-fogo entrou em vigor, com 59 mortos, sendo 31 civis em Hama (centro).

A partir da próxima semana, 300 observadores internacionais devem ser mobilizados para supervisionar a trégua, em conformidade com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU adotada no sábado.

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