Forças de Assad matam 100 em apenas um dia na Síria
Entre mortos há crianças. Pressão sobre regime cresce com reunião da ONU
A repressão do regime de Bashar Assad matou durante a segunda-feira mais de 100 pessoas na Síria, entre elas oito menores e uma mulher, de acordo com a última apuração dos opositores Comitês Locais de Coordenação. O maior número de vítimas foi registrado na província central de Homs, onde 76 pessoas morreram, embora muitos também tenham morrido em Deraa (sul), Idlib (norte) e nos arredores da capital, Damasco.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
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Na noite de segunda-feira, o governo sírio anunciou que suas forças haviam recuperado o controle total da periferia da capital e prometeu que continuaria a luta contra os “grupos terroristas”. A ofensiva em grande escala perto de Damasco teve o objetivo de acabar com a presença dos rebeldes agrupados no chamado Exército Sírio Livre nos arredores da cidade.
Enquanto isso, a pressão internacional sobre a Síria cresce com a reunião do Conselho de Segurança da ONU para tentar chegar a um acordo que peça a saída do poder do ditador sírio. Uma delegação da Liga Árabe viajou para Nova York para se reunir com o Conselho de Segurança e buscar apoio a sua iniciativa para que Assad transfira seus poderes ao vice-presidente e dê início à formação de um governo de união nacional.
(Com agência EFE)