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Forças afegãs assumem controle da segurança do país

Maioria dos 100.000 soldados da Otan deixarão Afeganistão até 2014

Por Da Redação
18 jun 2013, 10h36

As forças afegãs assumiram oficialmente, nesta terça-feira, o controle da segurança do país, que estava nas mãos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) desde a queda dos talibãs no fim de 2001, anunciou o presidente afegão, Hamid Karzai. O processo, que começou em julho de 2011, acabou nesta terça-feira com a transferência da Otan aos afegãos dos últimos distritos que ainda eram controlados pela aliança militar do Ocidente.

A maioria dos quase 100.000 soldados da Otan no Afeganistão deve abandonar o país até o fim de 2014. “A partir de agora, nossas corajosas tropas terão a responsabilidade da segurança e realizarão as operações”, disse Karzai em um discurso.

Em tese, a Força Internacional da Otan no Afeganistão (Isaf) terá, a partir de agora, um papel de apoio, principalmente em caso de ataque aéreo, e de formação dos quase 350.000 membros das forças de segurança afegãs, incluindo soldados, policiais e paramilitares.

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Atentado – Analistas, no entanto, têm sérias dúvidas sobre a capacidade das forças afegãs, sobretudo depois de 2014, de lutar contra a rebelião talibã, expulsa do poder em 2001, mas que ganhou terreno nos últimos meses. Pouco antes do anúncio de Karzai, três civis morreram e 24 pessoas ficaram feridas em um atentado contra Mohamed Mohaqiq, um líder da minoria hazara e aliado do presidente do país. Mohaqiq escapou ileso do ataque em Cabul, provocado por uma bomba de fabricação caseira.

Enquanto isso, fontes próximas ao Talibã disseram à rede BBC que os terroristas planejam abrir um escritório em Doha, capital do Qatar, ainda nesta terça-feira. Se concluída a instalação, será um passo importante para estabelecer a imagem política da organização. O Talibã se recusa a dialogar com o governo de Karzai, classificado pelos militantes como uma “marionete” dos EUA. No entanto, Karzai disse que enviará representantes ao Qatar para discutir um processo de paz com os talibãs.

As negociações com o Talibã também devem se estender ao governo americano. Oficiais da Casa Branca disseram à BBC que os Estados Unidos têm a intenção de iniciar conversas diretas para que o grupo fundamentalista renuncie à violência. Os EUA esperam realizar a primeira reunião com representantes talibãs na próxima semana, em Doha. A ideia é abordar temas como a desfiliação da Al Qaeda, o respeito à constituição afegã e aos direitos das mulheres e minorias. Um avanço nas tratativas deve abrir caminho para as partes discutirem a troca de prisioneiros no Afeganistão.

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(Com agência France-Presse)

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