Foco de buscas por avião da Malásia passa ao leito marinho
Pela primeira vez o robô que vasculha o fundo do mar completou sua missão. Em outras tentativas, drone submarino voltou à superfície por falhas técnicas
Por Da Redação
17 abr 2014, 09h40
Um drone submarino terminou finalmente a primeira varredura completa do leito marinho de uma remota área do oceano Índico, disse a equipe que busca o avião da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de um mês. Os responsáveis pelos trabalhos concluíram que as buscas aéreas na superfície tendem ser menos proveitosas mas, ainda assim, a investigação agora deve se concentrar no leito marinho da região.
As imagens geradas pelo submarino teleguiado Bluefin-21, da Marinha dos Estados Unidos, estão rapidamente se tornando a ferramenta mais importante da equipe multinacional envolvida nas buscas pelo Boeing 777 que transportava 239 pessoas na rota Kuala Lumpur-Pequim, e que desapareceu em 8 de março. Uma amostra de óleo colhida na superfície do mar nessa área, cerca de 2.000 quilômetros a oeste da Austrália, também está sendo analisada. As autoridades acreditam, com base em uma série de sinais eletrônicos recebidos neste mês, que essa é a área onde há maior probabilidade de o avião ter caído.
Há mais de uma semana esses sinais – atribuídos às caixas-pretas do avião – não são mais recebidos, e a vida útil das baterias desses sinalizadores eletrônicos já terminou há dez dias, levando as autoridades a recorrerem ao drone submarino. As primeiras duas missões do aparelho foram prematuramente abortadas por causa de problemas técnicos, mas na quarta-feira o drone completou sua primeira varredura completa a 4.500 metros de profundidade, num período de 16 horas. “O Bluefin-21 vasculhou aproximadamente 90 quilômetros quadrados até agora, e os dados da sua mais recente missão estão sendo analisados”, disse em nota a Centro de Coordenação Conjunta de Agências, que supervisiona as buscas.
Na segunda-feira, o coordenador da operação, brigadeiro reformado Angus Houston, da Austrália, disse que as buscas aéreas e superficiais dos destroços deveriam ser suspensas em três dias, à medida que a operação passasse para uma área do leito marinho que praticamente nunca foi mapeada. As autoridades informaram nesta quarta que dez aviões militares, duas aeronaves civis e 11 navios ainda fazem as últimas operações para vasculhar uma área de 40.000 quilômetros quadrados, o que indica que os técnicos – sob pressão das famílias das vítimas – ainda têm alguma esperança de encontrarem destroços flutuantes.
Em entrevista publicada na quarta pelo Wall Street Journal, o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse: “Acreditamos que a busca submarina será concluída dentro de uma semana, mais ou menos. Se não encontramos os destroços, paramos, reagrupamos e reconsideramos”. Questionado sobre a desistência, o gabinete do primeiro-ministro informou que Abbott estava apenas sugerindo que as autoridades poderão modificar a área varrida pelo Bluefin-21, mas que não se cogita abandonar as buscas.
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