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FMI sugere taxar ricos e empresas que lucraram na pandemia

Aumento da tributação ajudaria a garantir medidas de apoio às populações mais vulneráveis

Por Da Redação Atualizado em 8 abr 2021, 09h45 - Publicado em 8 abr 2021, 08h01

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta quarta-feira, 7, sua receita para a recuperação da economia pós-pandemia: aumentar os impostos para os mais ricos e para as empresas que tiveram lucros substanciais durante o surto de Covid-19.

Um dos alvos principais são os setores que se beneficiaram com o seguido abre e fecha da economia, notadamente os gigantes da tecnologia.

O FMI chamou atenção para a situação em países como os Estados Unidos, onde houve intenso incremento das desigualdades. Enquanto famílias do topo puderam optar pelo trabalho remoto, grupos vulneráveis, como hispânicos e negros, perderam emprego e renda.

Na segunda-feira, 5, a Assembleia Legislativa do Estado de Nova York e o governador Andrew Cuomo decidiram que o melhor caminho para uma recuperação pós-pandemia de coronavírus é taxar os cidadãos  que ganham mais de 1 milhão de dólares. 

Para isso, estão firmando um acordo orçamentário para aumentar os impostos dos super ricos nova-iorquinos, que passarão a pagar as maiores taxas do país. Se promulgado, o acordo vai gerar 4,3 bilhões de dólares extras por ano.

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“A pandemia aumentou as desigualdades”, disse Paolo Mauro, um dos executivos de assuntos orçamentários do Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma entrevista coletiva. Ele lembrou que enquanto a recuperação acontece para grandes empresas e famílias ricas, milhões de pessoas ainda estão sem empregos e recursos. E os governos “devem continuar a fornecer apoio financeiro”. 

Para o executivo é “necessário mobilizar receitas tributárias adicionais para redistribuí-las por meio de redes de saúde, educação e seguridade social”.

Para isso, o FMI recomenda o estabelecimento de um imposto temporário sobre as rendas mais altas para ajudar os governos a atender a essas necessidades de financiamento coletivo.

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Observando que nas economias avançadas houve uma erosão da receita tributária das empresas nos últimos anos, Mauro solicitou à iniciativa internacional de “chegar a um acordo” sobre a tributação dos impostos corporativos.

Na última terça-feira, 6, o chefe da Amazon, Jeff Bezos, garantiu que apoiava a ideia de um aumento nos impostos corporativos nos Estados Unidos, enquanto o presidente norte-americano Joe Biden denunciou na semana passada o fato de que o grupo não paga nenhum imposto federal sobre seus lucros.

O governo americano publicou nesta quarta-feira, 7, seu plano de revisão do código tributário de empresas, propondo que grandes corporações paguem impostos mais altos para financiar a agenda econômica da Casa Branca.

O chefe de assuntos orçamentários do FMI, Vitor Gaspar, por sua vez, defendeu a vacinação em todas as camadas da sociedade para tirar os países da crise. Mais de 1 bilhão de dólares em receitas fiscais adicionais poderiam ser gerados até 2025 globalmente se todos os países controlassem a pandemia antes do esperado.

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Isso também “economizaria bilhões em medidas de ajuda adicionais”, observou o FMI neste relatório sobre supervisão orçamentária. “A vacinação é, portanto, mais do que efetiva em termos de custos, pois oferece uma excelente relação custo-benefício para os fundos públicos investidos para acelerar a produção e distribuição global de vacinas”, comentaram os autores do estudo.

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