FMI defende que expropriação de ações da Repsol é ‘assunto bilateral’

Washington, 20 abr (EFE).- O diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a América Latina, Nicolás Eyzaguirre, disse nesta sexta-feira que a expropriação de 51% das ações da Repsol na YPF pelo governo argentino é um ‘assunto bilateral’ e aconselhou um ambiente de acordo.
‘Queremos que a nacionalização se dê em um ambiente de acordo entre as duas partes’, declarou Eyzaguirre em entrevista coletiva durante as reuniões em Washington do FMI e do Banco Mundial (BM).
O diretor considerou o anúncio da desapropriação da YPF, efetuado na última segunda-feira pelo governo argentino, como um ‘assunto bilateral’ e ‘decisão de um país soberano’.
No entanto, Eyzaguirre não quis avaliar a decisão governamental ao afirmar que o BM é uma organização multilateral.
Na terça-feira, o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, havia dito que a desapropriação de 51% das ações da espanhola Repsol na YPF é ‘prejudicial para o ambiente de investimentos’ na Argentina.
Enquanto isso, o presidente em fim de mandato do Banco Mundial, Robert Zoellick, declarou na véspera, em entrevista coletiva de abertura da reunião, que a nacionalização é um ‘erro’ e que as políticas ‘populistas’ devem ser evitadas em momentos de crise econômica.
Na última quinta-feira, o ministro das Finanças argentino, Hernán Lorenzino, retirou as perguntas dos jornalistas sobre a desapropriação em um evento realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo BM. EFE