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Filipinas decretam situação de calamidade após passagem de tufão

Novo balanço aponta que 1.744 pessoas morreram no país; saques são registrados em cidade atingida

Por Da Redação
11 nov 2013, 15h37

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, declarou estado de calamidade em todo o país nesta segunda-feira por causa da devastação causada pelo tufão Haiyan, que atingiu o arquipélago na última sexta-feira.

Com o decreto, o governo filipino poderá impor preços máximos aos produtos de primeira necessidade e controlar os artigos para evitar a especulação. Nesta segunda-feira, o governo filipino também anunciou um novo balanço no número de mortos em consequência da passagem do tufão. A contagem oficial subiu para 1.744 mortos. Ainda assim, o total pode ser mais alto: há estimativas de até 10.000 pessoas possam ter morrido.

O governo também divulgou que o fenômeno atingiu 10 milhões de pessoas em 42 províncias. Mais de 28 000 casas foram danificadas. Segundo informações divulgadas pela imprensa local, a falta de mantimentos e artigos de primeira necessidade tem tornado a situação da população insustentável em algumas regiões, como a cidade de Tacloban, na ilha de Leyte.

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Fome e saques se espalham após passagem do tufão Haiyan pelas Filipinas

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Pelo menos 70% dos edifícios de Tacloban, que tem 220.000 habitantes, incluindo alguns do aeroporto, como armazéns e a torre de controle, foram destruídos. Com a população faminta, os saques estão ocorrendo em toda a cidade. A imprensa local chegou a relatar um ataque a um comboio da Cruz Vermelha que trazia mantimentos. Pelo menos uma dezena de aviões militares de carga dos Estados Unidos e das Filipinas chegaram nesta segunda-feira com alimentos. “As pessoas estão perambulando pela cidade, procurando comida e água”, disse Christopher Pedrosa, um funcionário da área assistencial do governo. “Não sobrou nada para saquear.”

Saiba mais:

Entenda como se formam e se classificam os ciclones

Soldados da Polícia Nacional das Filipinas e do Exército foram enviados à região para manter a ordem. O tufão chegou às Filipinas a uma velocidade de até 315 quilômetros por hora. Segundo os meteorologistas, o Haiyan é considerado o ciclone mais forte deste ano. A tempestade foi enquadrado na Categoria 5 por apresentar ventos superiores a 250 quilômetros por hora.

A força dos ventos

Veja como se classificam os ciclones

  • Categoria Velocidade do vento (km/h)
  • Ciclone de categoria 5 ≥ 250
  • Ciclone de categoria 4 210-249
  • Ciclone de categoria 3 178-209
  • Ciclone de categoria 2 154-177
  • Ciclone de categoria 1 119-153
  • Tempestade tropical 63-117
  • Depressão tropical 0-62

O Haiyan avança agora para a China. Mesmo com sua categoria reduzida para tempestade tropical, o fenômeno tem provocado estragos no país. Pelo menos quatro pessoas morreram no sul da China. Sete tripulantes de um navio de carga se encontram desaparecidos desde sábado, depois que os ventos romperam as amarras e o arrastassem para fora do porto de Sanya, em Hainan. Nesta segunda-feira, à região autônoma de Guangxi Zhuang foi atingida por ventos de aproximadamente 118 km/h.

Somália – A milhares de quilômetros das Filipinas, na Somália, outro fenômeno meteorológico também provocou mortes e estragos no fim de semana. Ao menos cem pessoas morreram no país africano após um ciclone tropical atingir a região semiautônoma de Puntland, afirmou nesta segunda-feira o presidente Abdirahman Mohamud Farole.

“Uma forte tempestade atingiu as cidades de Bandarbeyle e Eyl, no sábado e no domingo. Cerca de cem pessoas morreram. Centenas de casas e animais foram levados para o mar pelas inundações”, disse Farole a repórteres na capital, Garowe. O governo de Puntland afirmou em comunicado que declarou estado de emergência por desastre natural.

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