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Fidel Castro e seu tempo

Ele incendiou a imaginação revolucionária, inseriu Cuba no mapa mundial, exportou a luta armada — e morreu em franco descompasso com sua época

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 dez 2016, 14h56

O jipe militar verde que levava a urna com as cinzas de Fidel Castro já passara fazia algum tempo, mas os cubanos com uniforme de repartições públicas que haviam sido trazidos em ônibus fretados para saudar o cortejo fúnebre no Malecón, na orla de Havana, às 6 da manhã da quarta-feira 30, não saíam do lugar, como se esperassem ordens. Finalmente, uma mulher olhou em volta e arriscou: “Já se pode ir”. Cinquenta e sete anos e onze meses depois que Fidel fez a marcha da vitória entre Santiago de Cuba e Havana — no fim da qual o então líder revolucionário foi aclamado pelo povo por ter derrubado a ditadura de Fulgêncio Batista —, seu corpo iniciou o trajeto inverso em um contexto melancólico.

Ao longo dessas quase seis décadas, o rebelde pertinaz inseriu Cuba no mapa do mundo, despertou sonhos planetários de igualdade e justiça, incendiou a imaginação de toda uma geração de esquerda, mas acabou criando sua própria ditadura e converteu-se em um tirano turrão, que insistia em condenar seu povo a viver sob um modelo econômico e político abandonado pela maior parte da humanidade há 25 anos. Morto aos 90 anos no último dia 25, em Havana, de causa não revelada, Fidel transmitiu o poder para o irmão Raúl em 2008, mas continuava sendo a bússola que definia os rumos do país.

 


“Por mais dura e terrível que seja a solução, não há outra.”

Em carta ao presidente soviético Nikita Kruschev, propondo um ataque nuclear aos Estados Unidos se Cuba fosse invadida durante a Crise dos Mísseis (1962)


“Cuba não vai desmoronar, porque não somos frágeis e defendemos nossos ideais sobre bases muito firmes e sólidas.”

Sobre o fim da União Soviética (1991)


“Estamos diante da arma mais poderosa que já existiu, a comunicação.”

Em entrevista, descobrindo a internet com quase vinte anos de atraso (2010)

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“O assassinato de um ser humano desarmado e rodeado de familiares constitui um fato detestável.”

Sobre a retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba (2015)


“Eu não confio na política dos Estados Unidos, nem troquei palavra alguma com eles.”

Sobre a morte do terrorista Osama Bin Laden, no Paquistão (2011)


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