FBI admite que erro permitiu que autor de massacre racista comprasse armas
No mês passado, o atirador Dylann Roof matou nove fiéis em uma igreja de comunidade negra nos EUA
Uma falha no sistema federal de revisão de antecedentes para adquirir armas de fogo nos Estados Unidos permitiu que Dylann Roof cometesse o ataque contra uma igreja de Charleston, na Carolina do Sul. A informação foi dada nesta sexta-feira pelo diretor do FBI, James Comey. O atirador matou nove fiéis negros na noite de 17 de junho por motivos racistas.
O funcionário explicou que quando Roof, de 21 anos, tentou adquirir uma escopeta em abril, o FBI realizou a revisão de seus antecedentes, mas não teve acesso a uma ocorrência na cidade de Columbia, a capital da Carolina do Sul, que relatava a prisão do jovem por consumo de drogas. Esse ponto teria impedido Roof de comprar armas.
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“O fato de que um erro nosso esteja relacionado com uma arma que esta pessoa usou para assassinar essas pessoas é muito doloroso”, assegurou Comey em um encontro com jornalistas. “Gostaria de voltar atrás no tempo”, acrescentou.
De acordo com Comey, o erro do FBI aconteceu pelos trâmites burocráticos que dificultam o acesso por parte das autoridades federais aos documentos estaduais e locais. Por este motivo, a ficha criminal do jovem não estava disponível no Sistema Nacional Instantâneo de Revisão de Antecedentes Criminais.
Este incidente provocou um debate nos EUA sobre os símbolos da Confederação, já que o jovem venerava a bandeira confederada, além de outras referências de movimentos que pregam a supremacia branca, e tinha escrito um manifesto racista contra negros.
Como consequência, a bandeira confederada que tremulava em frente ao Legislativo estadual da Carolina do Sul foi retirada após mais de meio século, depois que o Congresso estadual aprovou sua remoção.
(Com EFE)