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Falso intérprete do funeral de Mandela faz propaganda na internet

Campanha de aplicativo estrelada por Thamsanqa Jantjie é alvo de críticas

Por Da Redação
9 Maio 2014, 16h07

O falso intérprete de linguagem de sinais que atuou no funeral de Nelson Mandela em dezembro foi contratado para fazer propaganda de um aplicativo lançado por uma empresa israelense. Na homenagem ao ex-presidente sul-africano, Thamsanqa Jantjie provocou indignação e escárnio ao “traduzir” com gestos espalhafatosos – e desprovidos de sentido – os discursos dos chefes de Estado, entre eles o presidente americano Barack Obama. Jantjie justificou a trapalhada dizendo ser esquizofrênico e acabou internado em um hospital psiquiátrico.

A propaganda postada na internet anuncia um aplicativo de compartilhamento e transmissão de vídeos desenvolvido pela empresa Livelens. Na peça, Jantjie é ele próprio “traduzido”, fazendo piada de si mesmo. Ele diz: “Acredite em mim, eu sou um verdadeiro intérprete de linguagem de sinais”, e uma voz feminina “verte” a frase para: “Eu não falo a língua de sinais”. “Eu estou realmente arrependido pelo que aconteceu”, prossegue Jantjie, enquanto a voz feminina diz: “Eu, uma celebridade!”. E “Hoje, vou me desculpar para o mundo inteiro” é traduzido para “Hoje, faço publicidade por dinheiro”. De acordo com a rede americana NBC, o comercial foi filmado em fevereiro quando o falso intérprete deixou o hospital psiquiátrico.

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O comercial foi alvo de diversas críticas. Diversos usuários expressaram indignação com a decisão da empresa de explorar a imagem de uma pessoa com problemas mentais. Outros acharam simplesmente que a piada não tinha graça. Num e-mail para a NBC, a Associação de Surdos dos EUA disse que estava “ultrajada e desapontada” com a contratação de um indivíduo “que se tornou sinônimo de zombaria com a linguagem de sinais”. A associação também pediu um boicote aos produtos da Livelens.

“Não há absolutamente nenhuma falta de respeito para com os surdos ou qualquer outra pessoa!”, afirmou a Livelens em sua página no Facebook. “Decidimos que o cara que fez o pior espetáculo do mundo seria a melhor pessoa” para promover o aplicativo que permite compartilhar vídeos, explicou Max Bluvband, diretor da empresa à NBC. “Finalmente, um homem esquizofrênico ganhou dinheiro para fazer uma bela campanha… Nós vemos isso como uma espécie de história triste com um final feliz”, disse o gerente de marketing da Livelens.

(Com agência France-Presse)

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